HU Rev. (Online); 45 (4), 2019
Publication year: 2019
Introdução:
A violência apresenta várias faces e há um tipo que vem ganhando visibilidade dentro das maternidades: a violência obstétrica. Objetivo:
Identificar as percepções dos enfermeiros obstétricos acerca da violência obstétrica. Material e Métodos:
Estudo descritivo, exploratório de abordagem qualitativa, realizado em uma maternidade filantrópica de Belo Horizonte. Os dados foram coletados no período de janeiro/2015 a fevereiro/2015, por meio de entrevista do tipo semi-estruturada com 16 enfermeiras obstétricas que atuavam há um ano ou mais na referida maternidade e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Resultados:
Emergiram duas categorias temáticas, sendo elas: percepções de enfermeiros obstétricos sobre a violência obstétrica, que apontam desde a violência verbal e física, como também o desrespeito à autonomia da mulher, as intervenções desnecessárias, além de reconhecerem também as repercussões na mulher; e situações de violência obstétrica vivenciadas enfermeiros obstétricos, que aponta violências praticadas por outros profissionais, principalmente pelo médico obstetra, como também reconhecem situações de violência obstétrica na sua prática profissional. Conclusão:
É necessário a percepção da violência obstétrica e o reconhecimento da violência obstétrica por parte dos enfermeiros obstétricos na sua prática profissional, pois uma das iniciativas relacionadas a humanização da assistência obstétrica é o novo modelo de assistência ao parto e nascimento que fundamenta-se na atenção prestada por este profissional.
Introduction:
Violence has several faces and there is one type that has been gaining visibility within maternity hospitals: obstetric violence. Objective:
To identify the perceptions of obstetric nurses about obstetric violence. Material and Methods:
A descriptive, exploratory study with a qualitative approach, conducted in a philanthropic maternity hospital in Belo Horizonte. Data were collected from January 2015 to February 2015, through semi-structured interviews with 16 obstetric nurses who worked for one year or more in the referred maternity hospital and analyzed using the content analysis technique. Results:
Two thematic categories emerged, namely: perceptions of obstetric nurses about obstetric violence, which point from verbal and physical violence, as well as disrespect for women’s autonomy, unnecessary interventions, and also recognize the repercussions on women; and obstetric violence situations experienced obstetric nurses, which points out violence practiced by other professionals, especially by the obstetrician, as well as recognize situations of obstetric violence in their professional practice. Conclusion:
The perception of obstetric violence and the recognition of obstetric violence by obstetric nurses in their professional practice is necessary, as one of the initiatives related to the humanization of obstetric care is the new model of childbirth care based on attention paid by this professional.