Influência da infraestrutura na incidência de infecções relacionadas à assistência em um hospital universitário
The Influence of Infrastructure on the Incidence of Healthcare Associated Infections in a University Hospital
Influencia de la Incidencia de Infecciones Relacionadas a la Asistencia en un Hospital Universitario

Rev. epidemiol. controle infecç; 10 (1), 2020
Publication year: 2020

Justificativa e Objetivos:

A infraestrutura hospitalar é regulada pela RDC nº 50/2002, da ANVISA. Esta norma visa garantir parâmetros mínimos para a prevenção de danos aos trabalhadores da saúde e pacientes, como as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Com o objetivo de analisar a ocorrência de IRAS em pacientes internados em hospital, compararam-se os períodos de funcionamento em um prédio antigo (inadequado às normas vigentes) e em um prédio novo, construído conforme as normatizações.

Métodos:

A amostra compreendeu 1.240 notificações de IRAS de pacientes de 2015 a 2017, sendo que em 2015 e 2016 o hospital funcionava no prédio antigo e em 2017 no prédio novo. As notificações em fichas de busca ativa e fonada foram utilizadas para a coleta de dados e análise estatística.

Resultados:

A frequência mensal de IRAS em 2015 variou de 28 a 63 casos, em 2016 de 0 a 79, em 2017 de 0 a 74. A prevalência em 2015 foi de 3,9 a 8,3, em 2016 de 0 a 23,3, em 2017 de 0 a 2,7. A incidência foi de 9,5 a 20,4/1000 pacientes em 2015, de 0 a 27,4/1000 em 2016, de 0 a 27,4/1000 em 2017.

Conclusão:

Não houve diferenças estatisticamente significativas no período analisado. Embora possa contribuir para evitar infecções, a infraestrutura física não parece determinante para a ocorrência das infecções.(AU)

Background and Objectives:

hospital infrastructure is regulated by RDC nº 50/2002 of ANVISA. This regulations aims to ensure minimal parameters for the prevention of harms to health workers and patients, such as the health care-associated infections (HAI). Aiming at analyzing the occurrence of HAI in intern patients of the hospital, it was compared the period of functioning at an old building (inadequate to the current regulation), and at a new building, built according to the regulation.

Methods:

the sample comprehended 1,240 HAI notifications of patients from 2015 to 2017. It is noteworthy that in 2015 and 2016 the hospital functioned at the old building and in 2017 at the new building. The notification on active and phoned research were used for data collection and statistical analysis. The project was approved by the Ethics Committee for Research with Human Beings, protocol nº 72613517.9.0000.5020.

Results:

the monthly frequency of HAI in 2015 ranged from 28 to 63 cases; in 2016, from 0 to 79; in to 2017, from 0 to 74. The prevalence in 2015 was from 3.9 e 8.3; in 2016, from 0 to 23.3; in 2017, from 0 to 2.7. The incidence was from 9.5 to 20.4/1000 patients in 2015; from 0 to 27.4/1000 in 2016; from 0 to 27.4/1000 in 2017.

Conclusion:

there were no significant statistical differences within the analyzed period. Although it could contribute for infection avoidance, infrastructure does not seem to be determinant for the occurrence of such infections.(AU)

Justificación y Objetivos:

la infraestructura hospitalaria es regulada por la RDC nº 50/2002, de ANVISA. Esta norma visa garantizar parámetros mínimos para la prevención de daños a los trabajadores de la salud y pacientes, como las infecciones relacionadas a la asistencia a la salud (IRAS). Con el objetivo de analizar la ocurrencia de IRAS en pacientes internados en el hospital, se comparó los períodos de funcionamiento en un predio antiguo (inadecuado a las normas actuales) y un predio nuevo, construido conforme las normativas.

Métodos:

la muestra comprendió 1.240 notificaciones de IRAS de pacientes de 2015 a 2017. Siendo que en 2015 y 2016, el hospital funcionaba en el predio antiguo y en 2017, en el predio nuevo. Las notificaciones en fichas de búsqueda activa y telefoneada fueron utilizadas para la recolección de datos y análisis estadística. El proyecto fue aprobado por el Comité de Ética en Pesquisa con Seres Humanos, protocolo nº 72613517.9.0000.5020.

Resultados:

la frecuencia mensual de IRAS en 2015 fue desde 28 hasta 63 casos; en 2016, desde 0 hasta 79; en 2017, desde 0 hasta 74. La prevalencia en 2015 fue desde 3,9 hasta 8,3; en 2016, desde 0 hasta 23,3; en 2017, desde 0 hasta 2,7. La incidencia fue desde 9,5 hasta 20,4/1000 pacientes en 2015; desde 0 hasta 27,4 en 2016; desde 0 hasta 27,4 en 2017.

Conclusión:

no hubo diferencias estadísticamente significativas el período analizado. Además de poder contribuir para evitar las infecciones, la infraestructura física no parece ser determinante para la ocurrencia de infecciones.(AU)

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