aSEPHallus; 15 (30), 2020
Publication year: 2020
O artigo tem como propósito articular pilares centrais de estudos contemporâneos em torno da noção de liderança relacional:
1. a importância do contexto nas relações de influência, comumente sobrepujado pela ênfase em tipos psicológicos, traços, competências, condutas e comportamentos pessoais; 2. a compreensão das relações de podernão como derivadas da figura foucaultiana do “soberano”, mas como articulado à microfísica das relações que se estabelecem na intercessão dos níveis interpessoal, organizacional e social; 3. a noção psicanalítica derelações transferenciais, por meio das quais se colocam possibilidades de aprimorar o desenho das relações entre as instâncias subjetiva e objetiva presentes no jogo das relações humanas -relações em de poder e, potencialmente, de liderança segundo Ulh-Bien. Visa-se, desse modo, desvelar em que extensão,no âmbito dos Organizational Behavior Studies, preferências psicológicas, estilos e abordagens de liderança associam-se -para além da instância da atração e retenção de perfis e competências profissionais -à construção e sustentação de contextos de capacitação ou espaços transicionais, aderentes às formas de laço social que permeiam as relações interpessoais, inter e intra-organizacionais, na transição para a chamada “Quarta Revolução Industrial” ou “Sociedade 4.0”
Cet article vise à articuler les piliers centraux des études contemporaines autour de la notion de leadership relationnel:
1. l'importance du contexte dans les relations ou il y a influence, communément dépassée par l'accent mis sur les types psychologiques, les traits, les compétences, les comportements et les comportements personnels; 2. La compréhension des relations de pouvoir non pas comme étant dérivées de la figure du "souverain" mais comme articulées à la microphysique des relations qui s'établissent dans l'intercession des niveaux interpersonnel, organisationnel et social; 3. La notion psychanalytique de relations transferenciales, à travers laquelle sont placées les possibilités de mieux délimiter les relations entre les instances subjectives et objectives présentesdans le jeu des relations humaines -relations en soi de pouvoir et, potentiellement, de leadership. Il s'agit ainsi de révéler dans quelle mesure, dans le cadre des études sur le comportement organisationnel, les préférences psychologiques, les styles etles approches de leadership sont associés -au-delà de l'instance d'attraction et de rétention des profils et des compétences professionnelles -à la construction et au soutien de contextes favorables ou d'espaces de transition, adhérant aux formes de lien social qui imprègnent les relations interpersonnelles, interorganisationnelles et intra-organisationnelles dans la transition vers la "Quatrième révolution industrielle" ou "Société 4.0"
This article aims to articulate central pillars of contemporary studies around the notion of
relational leadership:
1. the importance of context on the relationships of influence, commonly overshadowed by the emphasis on psychological types, traits, skills, behaviors and personal behavior; 2. The understanding of power relations not as derived from the figure of the "sovereign", but as articulated to the microphysics of relationships that are established in the intercession of interpersonal, organizationaland societal levels; 3. the notion of psychoanalytical transferencial relations, through which are placed possibilities as to better delineate relationships between the subjective and objective instances present in the interplay of human relations -relationships in itself of power and, potentially, leadership. In this way, the aim is to reveal to what extent, within the Organizational Behavior Studies, psychological preferences, leadership styles and approaches are associated -beyond the instance of attraction and retention of professional profiles and competences -with the construction and support of enabling contexts or transitional spaces, adherent to the forms of social bonds that permeate interpersonal, interorganizational and intra-organizational relationships in the transition to the so-called "Fourth Industrial Revolution" or "Society 4.0"