Rev. bras. promoç. saúde (Online); 34 (), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
Identificar a prevalência de quedas e fatores associados em idosos no ambiente domiciliar. Métodos:
Estudo transversal quantitativo, tipo inquérito domiciliar, observacional e analítico, realizado com 212 idosos atendidos em uma Unidade de Atenção Primária, em Fortaleza, Ceará, que relacionou aspectos demográficos, sociais e clínicos correspondendo ao autorrelato de quedas nos últimos 12 meses. A análise descritiva foi realizada por meio de frequências absolutas e percentuais. A análise inferencial ocorreu no modelo não ajustado para teste da associação entre o desfecho (ocorrência de quedas) e as variáveis associativas por meio do teste do qui-quadrado de Wald, considerando p<0,20 como critério de entrada, e, no modelo ajustado, utilizou-se a regressão de Poisson, considerando-se p<0,05. Resultados:
A prevalência de quedas foi de 63,7%, com predomínio em pessoas na faixa etária entre 60 e 79 anos de idade (63,7%), do sexo feminino (53,8%), que usavam tapetes no domicílio (66,5%) e apresentavam duas ou mais comorbidades (41,5%). Sua ocorrência foi associada ao sexo feminino (RP=1,96; p<0,03), com histórico de duas ou mais comorbidades (RP=0,407; p<0,04) e episódios que envolveram tapetes (RP=1,975; p<0,03). Conclusão:
Encontrou-se elevada prevalência de quedas nos idosos investigados. A identificação dos fatores, a prevenção de comorbidades e a remoção de acessórios escorregadios nos domicílios constituem mudanças que podem ser estimuladas pela abordagem dos profissionais de saúde.
Objective:
To identify the prevalence of falls at home among older adults and associated factors. Methods:
This quantitative observational and analytical cross-sectional study used a household survey of 212 older adults treated at a Primary Health Care Center in Fortaleza, Ceará, to check for relationships of demographic, social and clinical aspects with self-reported falls in the past 12 months. Descriptive analysis was performed using absolute and percentage frequencies. Inferential analysis consisted of an unadjusted model to test the association between the outcome (occurrence of falls) and the associative variables using the Wald Test with a significance threshold set at p<0.20 for inclusion in the model. Poisson Regression was used in the adjusted model considering p<0.05. Results:
The prevalence rate of falls was 63.7%, with a predominance of people aged between 60 and 79 years old (63.7%), women (53.8%), people who used carpets at home (66.5%), and people who had two or more comorbidities (41.5%). The occurrence of falls was associated with female gender (PR=1.96; p<0.03), history of two or more comorbidities (PR=0.407; p<0.04), and episodes involving carpets (PR=1.975; p<0.03). Conclusion:
There was a high prevalence of falls in the older adults analyzed. The identification of factors, the prevention of comorbidities and the removal of slippery accessories from the house are changes that can be encouraged by health professionals.
Objetivo:
Identificar la prevalencia de caídas y sus factores asociados en mayores en el ambiente domiciliario. Métodos:
Estudio transversal cuantitativo del tipo encuesta domiciliaria, observacional y analítico con 212 mayores asistidos en una Unidad de Atención Primaria de Fortaleza, Ceará, el cual ha relacionado los aspectos demográficos, sociales y clínicos de los relatos de caídas en los últimos 12 meses. El análisis descriptivo ha sido realizado a través de las frecuencias absolutas y porcentuales. El análisis inferencial se dio con el modelo no ajustado para la prueba de asociación entre el resultado (ocurrencia de caídas) y las variables asociativas a través de la prueba de chi-cuadrado de Wald, considerando p<0,20 como el criterio de entrada y, para el modelo ajustado, se utilizó la regresión de Poisson considerándose p<0,05. Resultados:
La prevalencia de las caídas ha sido del 63,7% con el predominio de personas en la franja de edad entre 60 y 79 años de edad (63,7%), del sexo femenino (53,8%), que usaban alfombras en el domicilio (66,5%) y que presentaban dos o más comorbilidades (41,5%). Su ocurrencia se ha asociado con el sexo femenino (RP=1,96; p<0,03), el histórico de dos o más comorbilidades (RP=0,407; p<0,04) y los episodios con alfombras (RP=1,975; p<0,03). Conclusión:
Se ha encontrado una elevada prevalencia de caídas en los mayores investigados. La identificación de los factores, la prevención de las comorbilidades y la remoción de los accesorios resbaladizos en los domicilios son cambios que se puede estimular a través del abordaje de los profesionales sanitarios.