Ventilação não invasiva profilática, desfechos e seus impactos – uma revisão sistemática
Non-invasive prophylactic ventilation, outcomes and their impacts - a systematic review

Rev. Pesqui. Fisioter; 10 (1), 2020
Publication year: 2020

Ventilação Não Invasiva Profilática (VNIP) é uma modalidade de VNI aplicada a pacientes que foram eleitos para extubação, porém possui alto risco de falha.

OBJETIVO:

descrever e analisar populações favorecidas pela VNIP, impactos e desfechos.

MÉTODO:

Revisão sistemática, buscaram- -se ensaios nas bases de dados PubMed, EMBASE e Cochrane Library com os seguintes critérios de inclusão: publicação nos últimos 20 anos, escrito em inglês, espanhol ou português; idade ≥ 18 anos; ventilação mecânica ≥ 48 horas; comparação da VNIP com terapia padrão.

Critérios de exclusão:

VNIP < 4 horas; e VNIP intermitente.

RESULTADOS:

Resultaram-se oito estudos.

Os desfechos foram:

reintubação, Insuficiência Respiratória Pós Extubação (IRPE), mortalidade e permanência na UTI.

Características relevantes extraídas:

uso de VNIP de resgate, níveis de PaCO2, pressão inspiratória máxima e índice de respiração rápida superficial. Os estudos relatam que a aplicação de VNIP em população heterogênea reduz o risco de desenvolver IRPE, porém parece não haver consistência referente à reintubação, mortalidade na UTI, permanência na UTI e hospitalar. Estes marcadores foram apresentados através de resultados controversos entre os estudos revisados. Em pneumopatas especificamente, VNIP parece não ter impacto direto em reintubação e permanência na UTI.

CONCLUSÃO:

Os estudos divergem sobre uso da VNIP em prevenir principais desfechos, mesmo em pneumopatas, porém, seu uso em evitar IRPE é positivo. Sendo assim, necessitam-se estudos em populações com melhor predisposição a sucesso na extubação para comprovar a eficácia da VNIP.
Noninvasive Ventilation Prophylactic (NIVP) is a modality of NIV applied to patients who have planned extubation but has a high risk of failure.

OBJECTIVE:

The objective of this study was to describe and analyze populations favored by NIVP, impacts and outcomes.

MATERIAL AND METHODS:

For this, essays were searched in the Pubmed, EMBASE and Cochrane Library databases with the following inclusion criteria: publication in the last 20 years, written in English, Spanish or Portuguese; age ≥ 18 years; mechanical ventilation ≥ 48 hours; and compare NIVP with standard therapy.

Exclusion criteria:

NIVP < 4 hours and intermittent NIVP.

RESULTS:

Eight studies were resulted.

The outcomes were:

reintubation, Respiratory Failure Post Extubation (RFPE), mortality and ICU permanence.

Relevant features extracted:

use of rescue NIV, PaCO2 levels, maximal inspiratory pressure and rapid superficial respiration index. Studies report that the application of NIVP in a heterogeneous population reduces the risk of developing RFPE, but there seems to be no consistency regarding reintubation, ICU mortality, permanence in the ICU and hospital. These markers were presented through controversial results among the reviewed studies. In lung disease specifically, NIPV seems to have no direct impact on reintubation and ICU stay.

CONCLUSIONS:

It is possible conclude that the present studies differ on the use of NIPV to prevent major outcomes such as reintubation and mortality, even in lung disease, but its use in preventing RFPE is positive. Therefore, studies in populations with better predisposition to successful extubation are necessary to prove the efficacy of NIPV.

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