Prevalência da automedicação em acadêmicos de odontologia e enfermagem em uma instituição pública brasileira
Prevalence of self-medication in dentistry and nursing academics in a Brazilian public institution

Arq. odontol; 57 (), 2021
Publication year: 2021

Objetivo:

Determinar a prevalência da automedicação em estudantes de Odontologia e Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí no município de Parnaíba e avaliar se existe associação dessa tal prática com o nível socioeconômico, o sexo dos acadêmicos, bem como com o nível de conhecimento teórico-prático.

Métodos:

Consiste em uma metodologia quantitativa de natureza aplicada e de corte transversal. O levantamento contou com a participação de maiores de 18 anos de idade e fez o uso de um questionário autoaplicável com questões a respeito da automedicação e demais variáveis independentes. Os resultados obtidos foram tabulados e submetidos a testes estatísticos por meio de análise descritiva e bivariada. Foram utilizados os testes de Mann-Whitney, ANOVA Kruskal-Wallis, com o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21,0.

Resultados:

A amostra contou com a participação de 70 acadêmicos, dos quais 41 (58,6%) são do curso de Odontologia e 29 (41,4%) do curso de Enfermagem, e a automedicação era praticada por 97,1% dos acadêmicos, predominantemente entre aqueles que estavam no início do curso (92,3%) (p < 0,05) e eram do sexo feminino (98,1%) (p < 0,05), não havendo variação estatisticamente significativa quanto a renda familiar ou curso em que estavam matriculados (p > 0,05). Além disso, a principal classe farmacológica utilizada foi a de analgésicos.

Conclusão:

A prevalência de automedicação foi alta e frequentemente relatada para o combate da cefaleia, os acadêmicos relataram que conhecimentos e experiências prévias os auxiliaram na escolha dos fármacos autoadministrados, não havendo associação dessa pratica de automedicação com o curso e a renda mensal. Além disso, essa prática foi estatisticamente mais prevalente no sexo feminino e dentre aqueles estudantes que estavam no início do curso da graduação.

Aim:

To determine the prevalence of self-medication in Dentistry and Nursing students at the State University of Piauí in the city of Parnaíba and to evaluate whether there is an association between this practice and the socioeconomic level and the sex of the students, as well as the level of theoretical and practical knowledge.

Methods:

This study consists of a quantitative methodology of an applied and cross-sectional nature. The survey counted on the participation of individuals over 18 years of age and used a self-administered questionnaire with questions regarding self-medication and other independent variables. The obtained results were tabulated and subjected to statistical tests through descriptive and bivariate analysis. Mann-Whitney and ANOVA Kruskal-Wallis tests were used, together with the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), version 21.0.

Results:

This study’s sample counted on the participation of 70 students, 41 (58.6%) were from the Dental School and 29 (41.4%) of the Nursing Course, and self-medication was practiced by 97.1% of the students, predominantly among those who were at the beginning of the course (92.3%) (p < 0.05) and were female (98.1%) (p < 0.05), with no statistically significant variation as to family income or course in which the students are engaged (p > 0.05). In addition, the main pharmacological class used was analgesics.

Conclusion:

The prevalence of self-medication was high and frequently reported to combat headaches. Academics reported that previous knowledge and experience helped them to choose self-administered drugs, with no association between this self-medication practice and the course of study and monthly income. In addition, this practice was statistically more prevalent in females among those students who were in the beginning of the undergraduate course.

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