Palmilhas de reprogramação postural na diminuição da pressão arterial e do desalinhamento postural em indivíduos hipertensos: ensaio clínico randomizado
Postural reprogramming insoles for blood pressure fall and posture misalignment in hypertensive individuals: randomized clinical trial

Rev. Pesqui. Fisioter; 10 (3), 2020
Publication year: 2020

Testar a hipótese que Palmilhas de Reprogramação Postural (PRP) melhoram a postura e podem modificar média e picos de pressão arterial (PA) em indivíduos hipertensos.

DESENHO DE ESTUDO:

ECR, registrado no Clinical Trials (NCT02401516), com 24 indivíduos hipertensos.

CONFIGURAÇÃO:

Todos foram submetidos à Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e avaliação da postura (SAPO) no início e após seis semanas.

INTERVENÇÃO:

grupo intervenção (GI) utilizou PRP e grupo controle (GC) SHAM.

DESFECHO PRIMÁRIO:

Médias da PA.

DESFECHOS SECUNDÁRIOS:

Picos de PA, durante vigília e sono e ângulo posturais. A melhora da postura ocorreu quando valores angulares diminuíram ou chegaram a zero. Para comparar a PA, foram utilizados os testes t de Student, pareado e não-pareado, com nível de significância de 5%. O tamanho do efeito (TDE) foi avaliado com D de Cohen. Para postura, Wilcoxon e Mann-Whitney. Variáveis categóricas, através do teste do Qui-quadrado.

RESULTADOS:

As variáveis de linha de base não diferiram entre grupos.

Foram obtidos os seguintes deltas:

pico da PAS em vigília (+9,3mmHgVs-7,5mmHg) (p<0,05, grande TDE); pico da PAS no sono (+2,3mmHgVs-6,8mmHg) (p<0,05, TDE moderado); e pico da PAD durante vigília (+3,2mmHgVs-4,7mmHg) (p<0,05, grande TDE), GC e GI respectivamente. Para os ângulos posturais, 33% da PAS foram explicados pelo deslocamento anterior do corpo. Para a PAD, 46% e 55%, pelos ângulos de Joelho e Tornozelo, respectivamente.

CONCLUSÕES:

A PRP reduziu picos de PAS e PAD durante vigília, sem efeito na média da PA. Embora PRP não tenha mostrado melhora na postura geral, o deslocamento anterior do corpo e os ângulos de joelho e tornozelo explicaram 33-55% da PA mais alta.
To test the hypothesis that Postural Reprogramming Insoles (PRI) improves posture and the effect of PRI on average and peaks of blood pressure (BP) in hypertensive individuals.

DESIGN:

RCT, registered at the Clinical Trials (NCT02401516), with 24 hypertensive individuals.

SETTING:

All patients underwent Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) and posture assessment (PAS/SAPO software) at the beginning and the end of six weeks.

INTERVENTION:

intervention group (IG) used PRI and control group (CG) SHAM.

MAIN OUTCOME MEASURES:

BP averages.

SECONDARY OUTCOMES:

BP peaks, during awake and asleep periods. Improvement of posture was determined when the angle values assessed decreased or reached zero (perfect alignment). To compare BP, paired, and unpaired Student's t-tests were used, significance level of 5%. Effect size (ES) was assessed with Cohen's D. For posture assessment, Wilcoxon and Mann-Whitney were applied to analysis. Categorical variables, through Chi-square test.

RESULTS:

Baseline variables did not differ between groups. The following deltas were obtained-SBP peak in awake period (+9.3mmHgVs-7.5mmHg) (p<0.05, great ES); SBP peak during sleeping period (+2.3mmHgVs-6.8mmHg) (p<0.05, moderate ES); and DBP peak during awake period (+3.2mmHgVs-4.7mmHg) (p<0.05, great ES), in control and intervention groups, respectively. For postural angles, 33% of SBP were explained by anterior body shift. For DBP, 46% and 55% were explained by Knee and Ankle Angles, respectively.

CONCLUSIONS:

PRI reduced SBP and DBP peaks during awake period, with no effect on BP average. Even though PRI has not shown any improvement in overall posture, anterior body displacement and knee and ankle angles would solely explain 33-55% of the highest BP.

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