Prevalência de cuidados paliativos em pacientes com síndrome de imobilidade em um serviço de atenção domiciliar
Prevalence of palliative care in patients with immobility syndrome in a home care attention service

Semina cienc. biol. saude; 41 (2), 2020
Publication year: 2020

Introdução:

a síndrome de imobilidade (SI) é definida por critérios clínicos específicos, a saber, presença dos dois critérios maiores, declínio cognitivo e múltiplas contraturas e pelo menos dois dos menores, disfagia, afasia, lesão por pressão e dupla incontinência, tendo indicação de cuidados paliativos desde o momento de sua identificação.

Objetivo:

determinar a prevalência da SI em pacientes em atendimento domiciliar e verificar a inclusão destes em cuidados paliativos.

Métodos:

estudo documental, descritivo-exploratório e retrospectivo, coletados do prontuário dos pacientes do Serviço de Atendimento Domiciliar de Curitiba, no período de 1 a 31 de julho de 2018, totalizando 566 pacientes.

Critérios de inclusão:

idade igual ou superior a 18 anos, estar em atendimento domiciliar, apresentar critérios para SI.

Critérios de exclusão:

dados incompletos que impeçam a caracterização da SI. Foi utilizado o teste de associação de qui-quadrado e o teste da ANOVA. Considerou-se o p ≤ 0,05 com significância estatística.

Resultados:

56 (9,9%) apresentaram critérios para SI. A ocorrência da SI no sexo feminino foi de 13,1% e no masculino 6,1%, com significância estatística (p=0,0218). A média de idade de 72,43. Quanto aos critérios menores, n=56 (100%) tinham dupla incontinência, n=48 (83,9%) disfagia, n=41 (73,2%) afasia e n=31 (55,4%) lesões por pressão. Dos pacientes com SI, 44,46% estavam em cuidados paliativos.

Conclusão:

a SI foi associada ao sexo feminino, a média de idade foi 72,43 anos. A prevalência foi de 9,9%, dos quais somente 44,46% estavam em cuidados paliativos, o que nos aponta que o atendimento domiciliar não está ofertando aos seus pacientes o melhor atendimento possível. Palavras-chave: Imobilização. Cuidados paliativos. Serviços de assistência domiciliar.(AU)

Introduction:

the immobility syndrome (IS) is defined by specific clinical criteria, namely, presence of the two major criteria, cognitive decline and multiple contractures and at least two of the smallest, dysphagia, aphasia, pressure injury and double incontinence and indicates palliative care from the moment of its identification.

Objective:

to determine the prevalence of IS in patients in home care and to verify their inclusion in palliative care.

Methods:

this is a documentary, descriptiveexploratory and retrospective study, collected from patients’ records of the Home Care Service of Curitiba, from 1 to 31 July 2018, totaling 566 patients.

Inclusion criteria:

age equal to or greater than 18 years, being in home care, presenting criteria for IS.

Exclusion criteria:

incomplete data that prevent the characterization of the IS. The chi-square association test and the ANOVA test were used. The p ≤ 0.05 was considered statistically significant.

Results:

n=56 (9.9%) presented criteria for IS. The occurrence of IS in the female sex was 13.1% and in the male, 6.1%, with statistical significance (p=0.0218). The mean age was 72.43. Regarding the minor criteria n=56 (100%) had double incontinence, n=48 (83.9%) dysphagia, n=41 (73.2%) aphasia, and n=31 (55.4%) pressure injuries. Of the patients with IS 44.46% were in palliative care.

Conclusion:

IS was associated with females, mean age was 72.43 years. The prevalence was 9.9%, of which only 44.46% were in palliative care, which indicates that home care is not offering its patients the best care possible.

Keywords:

Immobilization. Palliative care. Home care services.(AU)

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