Impacto da COVID-19 na gravidade e prognóstico de indivíduos com obesidade: uma revisão sistemática
Impact of COVID-19 on the gravity and prognosis of individuals with obesity: a systematic review

Rev. Pesqui. Fisioter; 10 (4), 2020
Publication year: 2020

A maioria dos pacientes com obesidade apresenta resistência à insulina e hiperatividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o que pode estar relacionado aos piores resultados perante infecção pelo SARS-CoV 2. Além disso, a enzima conversora de angiotensina 2 tem maior expressão no tecido adiposo quando comparado com o pulmão, sendo suscetível a invasão do vírus nos adipócitos tornando-o um importante reservatório viral permitindo propagação para demais órgãos.

OBJETIVO:

Identificar se a obesidade pode ser preditor de maior gravidade e pior prognóstico da Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19).

MATERIAIS E MÉTODOS:

Revisão sistemática sob o código PROSPERO CRD42020200617 com estudos observacionais através das bases de dados PubMed, Portal Regional da BVS, SciELO, Science Direct e Cochrane, e buscas manuais por meio do cruzamento “Prognosis" OR “Patient Acuity” AND "Coronavirus Infections" AND "Obesity”. Foram incluídos estudos observacionais que avaliaram o impacto da COVID-19 em indivíduos com obesidade de ambos os sexos que apresentaram pontuação ≥7 na escala Newcastle-Ottawa.

RESULTADOS:

Foram incluídos 9 estudos totalizando uma amostra de 179.047 pacientes adultos com idade entre 18 a 80 anos, com IMC mínimo <24 kg/m2 e máximo >35 kg/m2. Verificou-se que indivíduos com obesidade apresentam aumento das taxas de admissão de cuidados agudos e críticos, necessidade ventilação mecânica invasiva (VMI), pneumonia e desenvolvem COVID-19 grave, aumentando assim seu tempo de permanência hospitalar.

CONCLUSÃO:

Indivíduos com obesidade desenvolvem maior gravidade e pior prognóstico da COVID-19, visto que apresentam aumento das taxas de admissão de cuidados agudos e críticos, necessidade de VMI, tempo de permanência hospitalar, gravidade e letalidade.
A marked proportion of patients with obesity has insulin resistance and hyperactivity of the reninangiotensin-aldosterone system, which may be related to the worse results caused by SARS-CoV 2. In addition, the angiotensin 2-converting enzyme has greater expression in adipose tissue when compared to the lung, being susceptible to the entry of the virus in the adipocytes making it an important viral reservoir allowing the spread to too many organs.

OBJECTIVE:

To identify whether obesity can be a more serious predictor and worse prognosis for Coronavirus Disease 2019 (COVID-19).

MATERIALS AND METHODS:

Systematic review under the code CRD42020200617 with observational studies through the PubMed databases, the VHL Regional Portal, SciELO, Science Direct and Cochrane, and manual searches using the “Prognosis” OR “Patient Acuity” AND “ Coronavirus Infections " AND " Obesity ". Observational studies that assess the impact of COVID-19 in common with obesity of both sexes that assess a score ≥7 on the Newcastle-Ottawa scale were included.

RESULTS:

9 studies were included, totaling a sample of 179,047 adult patients aged 18 to 80 years, with a minimum BMI <24 kg / m2 and a maximum> 35 kg / m2. It was found that with obesity, he wishes to present an increase in the admission rates for acute and mandatory care, invasive mechanical necessity IMV), pneumonia and develop severe COVID-19, thus increasing their hospital stay.

CONCLUSION:

Individuals with obesity develop greater severity and worse prognosis for COVID-19, since there is an increase in admission rates for acute and mandatory care, need for IMV, length of hospital stay, severity and lethality.

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