Participação familiar no cuidado de crianças com transtorno fonológico
Family participation in the care of children with speech sound disorder
Audiol., Commun. res; 26 (), 2021
Publication year: 2021
RESUMO Objetivo Investigar o entendimento de pais ou cuidadores de crianças em tratamento fonoaudiológico sobre a importância do envolvimento familiar no projeto terapêutico. Métodos Por meio de estudo clínico-qualitativo, analisou-se o conteúdo temático de treze entrevistas com pais ou cuidadores de crianças com transtorno fonológico, mediante os referenciais da Humanização do Cuidado em Saúde, do Cuidado Centrado na Pessoa e do Cuidado Centrado na Família. Resultados Alguns entrevistados consideravam importante o envolvimento familiar e participavam ativamente do cuidado. Outros, entretanto, ressaltaram que fatores contextuais (ambientais e pessoais) dificultavam sua participação no projeto terapêutico fora do cenário ambulatorial. Houve, também, quem não compreendia a necessidade de envolvimento familiar e concentrava sua crítica na assistência. Conclusão O projeto terapêutico de crianças com transtorno fonológico precisa contemplar os cuidadores e a família no plano de cuidados, tanto quanto a própria criança em tratamento. Nesse projeto, devem ser consideradas as percepções desses cuidadores e familiares relacionadas ao transtorno, contextualizadas em suas contingências existenciais e funcionais.
ABSTRACT Purpose To investigate the understanding of parents or caregivers of children undergoing speech therapy regarding the importance of family involvement in the therapeutic project. Methods Through clinical-qualitative study, the thematic content of thirteen interviews with parents or caregivers of children with Speech Sound Disorder (SSD) was analyzed using the references of Humanization of Health Care, Person-Centered Care and Family-Centered Care. Results Some interviewees considered family involvement to be important and participated actively in care. Others, however, stressed that contextual factors (environmental and personal) hindered their participation in the therapeutic project outside the outpatient setting. Some did not understand the need for family involvement and focused their criticism on assistance. Conclusion The therapeutic project of children with SSD needs to include caregivers and family in the care plan, as well as the child being treated. In this project, the perceptions of these caregivers and family members related to SSD should be considered and contextualized in their existential and functional contingencies.