Análise comparativa do risco cardiovascular com características clínicas não inclusas no escore de Framingham
Comparative analysis of cardiovascular risk with clinical features not included in the Framingham risk score

Rev. Soc. Bras. Clín. Méd; 14 (2), 2016
Publication year: 2016

OBJETIVO:

Avaliar o risco de doença cardiovascular em 10 anos, por meio do escore de Framingham, em pacientes internados nas enfermarias de clínica médica de um hospital geral, e a prevalência de variáveis clínicas não contempladas por este escore nessa mesma população, além de correlacionar a prevalência dessas variáveis com o risco cardiovascular calculado.

MÉTODOS:

De dezembro de 2014 a maio de 2015, foram examinados os pacientes sem história ou evidência de doença cardiovascular. Foram coletados os dados para cálculo do risco.

Foram ainda avaliadas as seguintes variáveis não inclusas no escore de Framingham:

histórico familiar de doença cardiovascular, sedentarismo, circunferência abdominal, etnia e pressão arterial diastólica.

Dividimos os pacientes em dois grupos:

um com risco cardiovascular elevado e outro com risco não elevado.

RESULTADOS:

O risco cardiovascular em 10 anos na casuística (n=100) foi de 17,89%. A prevalência das variáveis não inclusas no escore foram antecedente familiar (48%); sedentarismo (81%); obesidade central (70%); brancos vs. não brancos (56% vs. 44%); pressão arterial diastólica média (79,53mmHg). O único dado não incluso no escore que apresentou associação estatisticamente significativa com o risco cardiovascular elevado foi a pressão arterial diastólica (χ²=5,8275; p=0,0158).

CONCLUSÃO:

O achado da pressão arterial diastólica sugere valor preditivo cardiovascular para este fator. As demais variáveis ausentes no escore não se associaram com o risco cardiovascular elevado.

OBJECTIVES:

To assess the risk of cardiovascular disease in tem years, through Framingham score, in patients admitted to the medical wards of a general hospital, and the prevalence of clinical variables not contemplated by this score in that population, in addition to correlate the prevalence of these variables with calculated cardiovascular risk.

METHODS:

From December 2014 to May 2015, patients with no history or evidence of cardiovascular disease were examined. Data for risk calculation were collected. In addition, the following variables that were not included in Framingham risk score were evaluated: family history of cardiovascular disease, physical inactivity, abdominal circumference, ethnicity and diastolic blood pressure.

Patients were divided into two groups:

one with high cardiovascular risk, and another with low risk.

RESULTS:

Cardiovascular risk in ten years in the series (n=100) was 17.89%.

The prevalence of the variables not included in the score were:

family history, 48%; sedentary lifestyle, 81%; central obesity, 70%; white vs. non-white, 56% vs 44%; mean diastolic blood pressure, 79.53mmHg. The only data showing statistically significant association with increased cardiovascular risk that were not included in the score was diastolic blood pressure (χ²=5.8275; p=0.0158).

CONCLUSION:

The finding of diastolic blood pressure suggests cardiovascular predictive value for this factor. The other variables that were not present in the score were not associated with increased cardiovascular risk.

More related