As formas da simpatia e o seu papel na compreensão das vivências alheias em Scheler
The forms of sympathy and its role in understanding other's experiences in Scheler
Las formas de simpatía y su papel en la compresión de las experiencias de otros en Scheler

Rev. abordagem gestál. (Impr.); 27 (1), 2021
Publication year: 2021

Objetiva-se descrever os principais traços do fenômeno da simpatia a partir da fenomenologia de Max Scheler. O problema central é demonstrar como a simpatia se mostra enquanto "lugar" privilegiado para a compreensão das vivências alheias, pois ela implica uma unificação psíquico-afetiva com quem se compadece ou se congratula. Contudo, o compadecer e o co-alegrar não podem ser entendidos, sem mais, como a apreensão de conteúdos psíquicos alheios ao modo da reprodução dos sentimentos do outro, equiparando erroneamente o simpatizar com o contágio afetivo. Assim, primeiramente, delineiam-se algumas razões e caminhos de transformações das antropologias e de consolidação histórica da ratio moderna que conduziram a tal equívoco. Em seguida, após distinguir as formais plurais da simpatia, mostrando a sua lei de fundamentação interna, discute-se em que sentido a simpatia é sofrer-com e co-alegrar ao explicitar sua estrutura intencional. Conhecer o outro, entretanto, não é só unir-se afetivamente ao próximo, mas a decisão livre, própria de um ser espiritual, de tomar parte na abertura do ser pessoal alheio, participar de seus atos intencionais. Conclui-se, então, que o simpatizar pressupõe a forma suprema do amor.
The objective is to describe the main features of the sympathy phenomenon from Max Scheler's phenomenology. The central problem is to show how sympathy shows itself as a privileged "place" for understanding the experiences of others, because it implies a psychic-affective unification with whom one sympathizes or welcomes. However, compassion and co-rejoicing cannot be understood as the apprehension of psychic contents unrelated to the reproduction of the feelings of the other, mistakenly equating sympathizing with affective contagion. Thus, first, some reasons and ways of transformations of anthropologies and historical consolidation of the modern ratio that led to such mistake are outlined. Then, after distinguishing the plural forms of sympathy, showing its law of internal reasoning, it is discussed in what sense sympathy is to suffer and to rejoice by spelling out its intentional structure. To know the other, however, is not only to unite affectionately with others, but the free decision, proper of a spiritual being, to take part in the opening of the personal being of others, to participate in their intentional acts. It follows, then, that sympathizing presupposes the supreme form of love.
El objetivo es describir las características principales del fenómeno de simpatía a partir de la fenomenología de Max Scheler. El problema central es demostrar cómo se muestra la simpatía como un "lugar" privilegiado para la comprensión de las experiencias de otras personas, porque implica una unificación psíquico-afectiva con la que uno simpatiza o da la bienvenida. Sin embargo, la compasión y el regocijo no pueden entenderse como la aprehensión de contenidos psíquicos no relacionados con la reproducción de los sentimientos del otro, equiparando erróneamente la simpatía con el contagio afectivo. Así, primero, se describen algunas razones y formas de transformación de las antropologías y la consolidación histórica de la relación moderna que condujo a tal error. Luego, después de distinguir las formas plurales de simpatía, mostrando su ley de fundamento interno, se discute en qué sentido la simpatía es sufrir y regocijarse al deletrear su estructura intencional. Sin embargo, conocer al otro no es solo unirse afectuosamente con los demás, sino la libre decisión, propia de un ser espiritual, de participar en la apertura del ser personal de los demás, de participar en sus actos intencionales. Se deduce finalmente, entonces, que simpatizar presupone la forma suprema de amor.

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