Early medical school graduation during the COVID-19 pandemic: preliminary assessment
Graduação antecipada do curso de medicina durante a pandemia de COVID-19: avaliação preliminar

Rev. bras. educ. méd; 45 (2), 2021
Publication year: 2021

Abstract:

Introduction: The current outbreak of the new coronavirus or SARS-CoV-2, which causes COVID-19, was first reported to the World Health Organization on December 31, 2019, being declared a pandemic on March 11, 2020. As for the clinical spectrum of SARS-CoV-2 infection, it is a broad one, ranging from asymptomatic, mild upper respiratory tract disease to severe viral pneumonia with respiratory failure and death. With a chance of severe clinical presentation close to 25%, SARS-CoV-2 infection can lead to health service overload and increase the demand for material and human resources. Aiming to increase the availability of health professionals directly involved in care during the pandemic, the Ministry of Education authorized the early graduation for students pursuing careers in health, including medicine.

Objective:

The aim of this article is to obtain preliminary results of the impact of early graduation for medical students during the COVID-19 pandemic.

Method:

Observational and cross-sectional study, carried out by applying a questionnaire with 13 questions, five of which used a Likert scale of assessment, six in multiple choice format and two descriptive, via Google Forms, applied to medical students from the universities of Curitiba-PR that graduated earlier in mid-year 2020, due to the COVID-19 pandemic.

Results:

113 recently graduated students answered the questionnaire.101 participants reported that they are working as physicians and, among them, 63.36% stated that they are working directly in the treatment of COVID-19 cases. Regarding the importance of an early graduation, most participants fully agree or agree, while only three participants totally disagree. More than half of the interviewees do not feel harmed by the early graduation. However, 43.3% believe they have failed to acquire important information for their training. Finally, regarding their performance in the pandemic, 79.6% consider important their role in the fight against COVID-19 pandemic.

Conclusion:

The study shows that, at first, the efforts to give the Class of 2020 an early graduation were successful, since these new physicians are contributing to alleviate workforce shortages and provide better care for patients during the pandemic.

Resumo:

Introdução: O atual surto do novo coronavírus ou Sars-CoV-2, causador da Covid-19, foi relatado pela primeira vez à Organização Mundial da Saúde, pela China, em 31 de dezembro de 2019, sendo declarada pandemia em 11 de março de 2020. Quanto ao espectro clínico da infecção pelo Sars-CoV-2, ele é amplo, variando de quadro assintomático, doença leve do trato respiratório superior, a pneumonia viral grave com insuficiência respiratória e morte. Com uma chance de apresentação clínica grave próxima a 25%, a infecção pelo Sars-CoV-2 pode levar à sobrecarga dos serviços de saúde e aumentar a demanda tanto por recursos materiais como humanos. Para aumentar a disponibilidade de profissionais da área da saúde envolvidos diretamente no atendimento durante a pandemia, o Ministério da Educação autorizou a antecipação da formatura para estudantes de várias áreas da saúde, incluindo Medicina.

Objetivo:

O objetivo do presente artigo é realizar uma avaliação preliminar do impacto da antecipação da graduação para os formandos de Medicina durante a pandemia de Covid-19.

Método:

Trata-se de estudo observacional e transversal realizado por meio da aplicação de questionário com 13 perguntas: em cinco, utilizou-se escala Likert de avaliação; em seis, adotou-se o formato de múltipla escolha; e duas foram descritivas. O questionário foi enviado, via Formulário Google, a alunos de Medicina das universidades de Curitiba, no Paraná, formados no primeiro semestre de 2020, que anteciparam a outorga de grau em razão da pandemia de Covid-19.

Resultados:

Responderam ao questionário 113 formandos, dos quais 101 relataram que já atuam como médicos. Destes, 63,36% afirmaram que estão trabalhando diretamente no atendimento de casos de Covid-19. Sobre a importância da antecipação da outorga de grau, a maioria dos participantes concorda totalmente ou concorda, e apenas três participantes discordam totalmente. Mais da metade dos entrevistados não se sentem prejudicados com a antecipação da outorga de grau. Contudo, 43,3% acreditam que deixaram de adquirir informações importantes em sua formação. Por fim, quanto ao fato de trabalharem na pandemia, 79,6% consideram importante a atuação de médicos recém-formados no combate à Covid-19.

Conclusão:

Este estudo mostra que, a princípio, os esforços para a antecipação de formatura foram bem-sucedidos, já que os novos médicos estão contribuindo para aliviar a pressão imposta pela falta de profissionais e promover um melhor cuidado aos pacientes durante a pandemia.

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