La violencia por parte de la pareja íntima en las Américas: una revisión sistemática y reanálisis de las estimaciones nacionales de prevalencia
Intimate partner violence in the Americas: a systematic review and reanalysis of national prevalence estimates
Violência por parceiro íntimo nas Américas: revisão sistemática e reanálise das estimativas nacionais de prevalência
Rev. panam. salud pública; 45 (), 2021
Publication year: 2021
RESUMEN Objetivo. Describir lo que se sabe acerca de la prevalencia nacional de la violencia por parte de la pareja íntima (VPI) contra las mujeres en las Américas, en los diversos países y en el transcurso del tiempo, incluida la cobertura geográfica, calidad y comparabilidad de los datos nacionales. Métodos. Se realizó una revisión sistemática y reanálisis de las estimativas nacionales de la VPI basadas en la población de 1998 a 2017 en las Américas. Las cifras se reanalizaron para comparabilidad o se extrajeron de los informes, incluida la prevalencia por tipo (física; sexual; o física y/o sexual), marco temporal (alguna vez; durante el último año) y perpetrador (cualquiera pareja en la vida; pareja actual/más reciente). En los países con tres (3+) rondas de datos, se aplicaron las pruebas de Cochran-Armitage y de ji cuadrada de Pearson para evaluar si los cambios en el transcurso del tiempo fueron significativos (p < 0,05). Resultados. Se encontraron encuestas elegibles en 24 países. Las mujeres reportaron haber sufrido alguna vez violencia física y/o sexual por parte de la pareja íntima con tasas que variaron desde el 14% a 17% en Brasil, Panamá y Uruguay hasta más de la mitad (58,5%) en Bolivia. La prevalencia de violencia física y/o sexual por parte de la pareja íntima durante el último año varió desde 1,1% en el Canadá hasta 27,1% en Bolivia. La evidencia preliminar sugiere una posible disminución en la prevalencia reportada para ciertos tipos de VPI en ocho países; sin embargo, algunos cambios fueron pequeños, ciertos indicadores no se modificaron significativamente y se observaron incrementos significativos en la prevalencia reportada de violencia física por parte de la pareja íntima durante el último año en la República Dominicana. Conclusiones. La VPI contra las mujeres sigue siendo un problema de salud pública y de derechos humanos en las Américas; sin embargo, la base de evidencia al respecto tiene deficiencias, lo que apunta a la necesidad de datos de mejor calidad y más comparables, a fin de movilizar y monitorear a la prevención y la respuesta ante la violencia.
ABSTRACT Objectives. To describe what is known about the national prevalence of intimate partner violence (IPV) against women in the Americas across countries and over time, including the geographic coverage, quality, and comparability of national data. Methods. This was a systematic review and reanalysis of national, population-based IPV estimates from 1998-2017 in the Americas. Estimates were reanalyzed for comparability or extracted from reports, including IPV prevalence by type (physical; sexual; physical and/or sexual), timeframe (ever; past year), and perpetrator (any partner in life; current/most recent partner). In countries with 3+ rounds of data, Cochran-Armitage and Pearson chi-square tests were used to assess whether changes over time were significant (p <0.05). Results. Eligible surveys were found in 24 countries. Women reported ever having experienced physical and/or sexual IPV at rates that ranged from 14%-17% of women in Brazil, Panama, and Uruguay to over one-half (58.5%) in Bolivia. Past-year prevalence of physical and/or sexual IPV ranged from 1.1% in Canada to 27.1% in Bolivia. Preliminary evidence suggests a possible decline in reported prevalence of certain types of IPV in eight countries; however, some changes were small, some indicators did not change significantly, and a significant increase was found in the reported prevalence of past-year physical IPV in the Dominican Republic. Conclusions. IPV against women remains a public health and human rights problem across the Americas; however, the evidence base has gaps, suggesting a need for more comparable, high quality evidence for mobilizing and monitoring violence prevention and response.
RESUMO Objetivo. Descrever o que se sabe sobre a prevalência nacional da violência por parceiro íntimo (VPI) contra a mulher na Região das Américas, nos diferentes países e ao longo do tempo, incluindo cobertura geográfica, qualidade e comparabilidade de dados nacionais. Métodos. Foi realizada uma revisão sistemática e reanálise das estimativas nacionais populacionais de VPI na Região das Américas no período de 1998 a 2017. As estimativas foram reanalisadas para fins de comparação ou obtidas de relatórios, incluindo a prevalência de VPI por tipo de violência (física; sexual; ou física e/ou sexual), ocorrência (alguma vez ou último ano) e agressor (qualquer parceiro na vida; parceiro atual ou mais recente). Nos países com mais de três ciclos de dados, os testes de Cochran-Armitage e qui-quadrado de Pearson foram usados para avaliar se as mudanças observadas ao longo do tempo foram significativas (p < 0,05). Resultados. Pesquisas que cumpriam os requisitos do estudo foram identificadas em 24 países. O percentual de mulheres que informaram alguma vez terem sofrido VPI física e/ou sexual variou de 14% a 17% no Brasil, Panamá e Uruguai a mais da metade (58,5%) na Bolívia. A prevalência de VPI física e/ou sexual sofrida no último ano variou de 1,1% no Canadá a 27,1% na Bolívia. As evidências preliminares indicam uma possível redução na prevalência registrada de certos tipos de VPI em oito países. Porém, algumas mudanças foram pequenas, alguns indicadores não variaram significativamente e se observou um aumento significativo na prevalência informada de VPI física recente (último ano) na República Dominicana. Conclusões. A VPI contra a mulher continua sendo um problema de saúde pública e uma questão de direitos humanos na Região das Américas. Porém, a base de evidências tem importantes lacunas, ressaltando a necessidade de dados de alta de qualidade e comparáveis para a mobilização e o monitoramento da prevenção e resposta à violência.