Infecções relacionadas à assistência à saúde em pacientes internados em unidade de terapia intensiva cardiológica
Healthcare-associated infections in patients admitted to a cardiological intensive care unit
Infecciones relacionadas con la atención sanitaria en pacientes ingresados en unidad de cuidados intensivos cardiológicos

Rev. epidemiol. controle infecç; 10 (3), 2020
Publication year: 2020

Justificativa e Objetivos:

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) acometem milhares de pessoas em todo o mundo e são uma das principais causas de complicações em indivíduos hospitalizados. O objetivo deste estudo foi conhecer as características das IRAS em pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica em um hospital de referência em Santa Catarina, no período de janeiro a dezembro de 2017.

Métodos:

Estudo descritivo, realizado de forma transversal na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição. Os dados foram coletados em 86 fichas de notificação de IRAS. Fizeram parte deste estudo todos os pacientes internados na UTI Cardiológica que tiveram notificação de IRAS registrada pela CCIH em 2017, sendo coletadas nos prontuários as variáveis demográficas e clínicas. Os dados foram organizados no Excel e analisados por meio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18.0.

Resultados:

O percentual de IRAS em 2017 foi de 58,6% e o índice de mortalidade foi de 44,8%. Verificou-se maior ocorrência de infecção em indivíduos com idade entre 71 e 80 anos (39,6%), principalmente infecção do trato respiratório (ITR) (58,1%), seguida de infecção do trato urinário (43%) e infecção da corrente sanguínea (30,2%).

Os principais agentes etiológicos foram:

Pseudomonas aeruginosa (27,9%), Klebsiella pneumoniae (26,7%) e Acinetobacter baumannii (19,8%). Quanto à patologia de base, a mais frequente foi a insuficiência cardíaca congestiva (19,8%).

Conclusão:

O levantamento dos dados acerca das IRAS em UTI Cardiológica evidenciou incidência semelhante aos achados com a literatura. Ações de educação permanente, elaboração de protocolos (bundles) de prevenção e controle, e técnicas de higienização correta das mãos têm se mostrado efetivos para reduzir as infecções.(AU)

Justification and Objectives:

Healthcare-associated infections (HAI) affect thousands of people worldwide and are a major cause of complications among hospitalized patients. This study aimed to identify HAI characteristics among patients hospitalized at a cardiac intensive care unit (CICU) in a reference hospital in Santa Catarina from January to December 2017.

Methods:

This is a descriptive cross-sectional study conducted in the hospital infection control committee (HICC) and intensive care unit (ICU) of the institution. Data were collected from 86 HAI notification forms. All patients admitted to the CICU notified with HAI by the HICC in 2017 were included in the study. Demographic and clinical data were collected from patients’ medical records. Data were tabulated in Microsoft Excel and analyzed by the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) version 18.0.

Results:

In 2017, HAI incidence was 58.6% and mortality rate 44.8%. The infection was more prevalent among individuals aged between 71 and 80 years (39.6%), and mainly affected the respiratory tract (RTI) (58.1%), the urinary tract (43%), and the bloodstream (30.2%). Pseudomonas aeruginosa (27.9%), Klebsiella pneumoniae (26.7%) and Acinetobacter baumannii (19.8%) were the main etiological agents. Regarding the base pathology, congestive heart failure was the most frequent (19.8%).

Conclusion:

This study found similar results on the incidence of HAI in CICU to those reported in the literature. Studies have showed permanent education, prevention and control protocols (bundles), and appropriate hand hygiene to be effective actions in reducing infections.(AU)

Justificación y Objetivos:

Las infecciones relacionadas con la atención sanitaria (IRAS) afectan a miles de personas en todo el mundo y son una de las principales causas de complicaciones en individuos hospitalizados. El objetivo de este estudio fue conocer las características de las IRAS en pacientes ingresados en una Unidad de Cuidados Intensivos Cardiológicos, en un hospital de referencia de Santa Catarina, de enero a diciembre de 2017.

Métodos:

Estudio descriptivo realizado de forma transversal en la Comisión de Control de Infecciones Hospitalarias (CCIH) y la Unidad de Cuidados Intensivos (UCI) de la institución. Los datos se recopilaron en 86 formularios de notificación de IRAS. El estudio incluyó a todos los pacientes ingresados en la UCI de Cardiología que recibieron notificación de IRAS registrada por el CCIH en 2017, y se recogieron variables demográficas y clínicas de los registros médicos. Los datos se organizaron en Excel y se analizaron utilizando el Paquete Estadístico para las Ciencias Sociales (SPSS), versión 18.0.

Resultados:

El porcentaje de IRAS en 2017 fue del 58,6%, y la tasa de mortalidad resultó el 44,8%. Hubo una mayor ocurrencia de infección en individuos entre 71 y 80 años (39,6%), principalmente infección del tracto respiratorio (ITR) (58,1%), seguida de infección del tracto urinario (43%) e infección del torrente sanguíneo (30,2%).

Los principales agentes etiológicos fueron:

Pseudomonas aeruginosa (27,9%), Klebsiella pneumoniae (26,7%) y Acinetobacter baumannii (19,8%). En cuanto a la patología de base, la más frecuente fue la insuficiencia cardíaca congestiva (19,8%).

Conclusión:

La recogida de datos sobre las IRAS en UCI de Cardiología mostró una incidencia similar a los hallazgos de la literatura. Se ha demostrado que las acciones por la educación continua, la preparación de protocolos de prevención y control (bundles) y técnicas adecuadas de higiene de manos son eficaces para reducir las infecciones.(AU)

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