Rev. epidemiol. controle infecç; 10 (4), 2020
Publication year: 2020
Justificativa e objetivo:
muitas são as formas de violência, como exemplo a doméstica e sexual, ambas incluídas na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública conforme a Portaria GM/MS nº 1.271, de 06 de junho de 2014, o que expressou um avanço significativo para as políticas, não só de saúde, mas da assistência social, jurídica e segurança pública. O objetivo do trabalho foi descrever características sociodemográficas da violência interpessoal com mulheres em idade fértil. Métodos:
estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado em um hospital universitário público do Paraná, com mulheres em idade fértil, 10 a 49 anos. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foi utilizado como fonte de coleta de dados. Posteriormente, foi empregada análise estatística descritiva. Resultados:
ocorreram 883 (100%) atos de violência contra mulheres. Destas, 314 (35%) contra mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), sendo 130 (42%) na faixa etária de 10 a 19 anos, ou seja, na adolescência. Do total, 197 (63%) eram brancas, 302 (96%) residentes em região urbana, 100 (32%) com ensino fundamental incompleto e 125 (40%) solteiras. A autoria da violência teve predominância do sexo masculino 197 (63%), e o local de ocorrência foi a residência da vítima 135 (47%). Conclusão:
em todo o mundo, o combate à violência contra a mulher se constituiu em uma preocupação fundamental dos movimentos sociais, sendo necessário buscar diversos caminhos para combater a violência e a criminalidade, através de medidas sociais, educativas e judiciais, com o intuito de preservar o ambiente familiar.(AU)
Background and objectives:
there are many forms of violence, such as domestic and sexual violence, both included in the National Compulsory Notification List of diseases, injuries and public health events, according to Ordinance GM/MS nº 1.271 of June 6, 2014, which expressed a significant advance for health, social care, legal and public security policies. The aim of this study was to describe sociodemographic characteristics of interpersonal violence with women of childbearing age. Methods:
a descriptive, retrospective, quantitative study conducted in a public university hospital in Paraná with women of childbearing age, 10 to 49 years. The Notifiable Diseases Information System (SINAN) was used as the source of data collection. Subsequently, descriptive statistical analysis was performed. Results:
there were 883 (100%) acts of violence against women. Of these, 314 (35%) cases were against women of childbearing age (10 to 49 years), of which 130 (42%) in the age group of 10 to 19 years, that is, in adolescence. Of the total, 197 (63%) women were white, 302 (96%) lived in urban areas, 100 (32%) had incomplete primary education and 125 (40%) were single. The authorship of the aggression was predominantly of the male sex, 197 (63%), and the place of occurrence was the victim’s residence, 135 (47%). Conclusion:
combating violence against women has been a fundamental concern of social movements worldwide. It is necessary to seek different ways to combat violence and crime through social, educational and judicial measures in order to preserve the family environment.(AU)
Justificación y objetivos:
hay muchas formas de violencia, como la violencia doméstica y sexual, ambas incluidas en la Lista nacional de notificaciones obligatorias de enfermedades, lesiones y eventos de salud pública según la Ordenanza GM/MS nº 1.271, de 6 de junio de 2014, lo que expresó un avance significativo para las políticas de salud, asistencia social, legal y de seguridad pública. El objetivo de este estudio fue describir las características sociodemográficas de la violencia interpersonal con mujeres en edad fértil. Métodos:
estudio descriptivo, retrospectivo, cuantitativo, realizado en un hospital universitario público de Paraná, con mujeres en edad fértil, de 10 a 49 años. El Sistema de Información de Notificación de Enfermedades (SINAN) se utilizó como fuente de recopilación de datos. Posteriormente, se utilizó un análisis estadístico descriptivo. Resultados:
hubo 883 (100%) actos de violencia contra las mujeres. De estos, 314 (35%) contra mujeres en edad fértil (10 a 49 años), siendo 130 (42%) en el grupo de edad de 10 a 19 años, es decir, en la adolescencia. Del total, 197 (63%) eran blancas, 302 (96%) vivían en áreas urbanas, 100 (32%) tenían educación primaria incompleta y 125 (40%) eran solteras. La autoría de la agresión fue predominante del sexo masculino, 197 (63%), y el lugar del hecho fue la residencia de la víctima, 135 (47%). Conclusiones:
combatir la violencia contra la mujer ha sido una preocupación fundamental de los movimientos sociales a nivel mundial. Es necesario buscar diferentes formas de combatir la violencia y la delincuencia a través de medidas sociales, educativas y judiciales para preservar el entorno familiar.(AU)