Uma revisita ao desejo do psicanalista em O banquete de Platão, segundo o legado de Freud e Lacan
A revisit to the analyst’s desire at Plato’s The banquet, according to the legacy of Freud and Lacan
Una revisita al deseo del psicoanalista en El banquete de Platón, de acuerdo con el legado de Freud y Lacan

Rev. psicanal; 27 (3), 2020
Publication year: 2020

Objetivamos compreender o termo desejo do psicanalista enquanto direção ética da psicanálise. Para isso, o texto partirá de contribuições da conceituação do termo desejo em Freud como introdução ao termo desejo do psicanalista nomeado por Lacan, lugar esvaziado de intenções pessoais e de promessas de felicidade ao seu analisante. Ao longo do trabalho, serão revisitados alguns pontos essenciais da clássica obra literária O banquete de Platão de acordo com Lacan, destacando a relação de Sócrates e Alcibíades como possibilidade de contraponto da práxis psicanalítica. Em uma correlação com essa práxis, Sócrates foi colocado no lugar de objeto perdido, objeto agalmático para Alcibíades, ocupando um lugar de objeto na transferência do amor depositado por este último. Diante da sua sustentação e do desejo de não ceder ao discurso sedutor deste participante, Sócrates relança-o ao seu próprio desejo, tal como é recomendado a um psicanalista na condução de um tratamento. Finalmente, esse exemplo irá nos levar a uma reflexão quanto ao rigor ético da psicanálise como norteadora do desejo do psicanalista (AU)
We aim to understand the term psychoanalyst’s desire as an ethical direction of psychoanalysis. For this, the text will start from contributions of the conceptualization of the term desire in Freud as an introduction to the term desire of the psychoanalyst named by Lacan, a place emptied of his personal intentions and promises of happiness to his analysand. Throughout the work, some essential points of the classic literary work Plato’s The banquet will be revisited by Lacan, highlighting the relationship between Socrates and Alcibiades as a possibility for counterpointing psychoanalytic praxis. In a correlation with this praxis, Socrates may have been placed in the place of a lost object, an agalmatic object for Alcibiades, who occupied an object`s place in the transference and love deposited by the latter. Given the support and desire not to give in to this participant’s seductive speech, Socrates relaunches it to his own desire as recommended by a psychoanalyst when conducting a treatment. Finally, this example will enlighten us for a reflection on the ethical rigor of psychoanalysis as guiding the psychoanalyst’s desire (AU)
Nuestro objetivo es entender el término deseo del psicoanalista como una dirección ética del psicoanálisis. Para esto, el texto comenzará con contribuciones de la conceptualización del término deseo en Freud como una introducción al término deseo del psicoanalista nombrado por Lacan, un lugar vaciado de sus intenciones personales y promesas de felicidad para su analizante. Se explorarán algunos puntos esenciales de la obra literaria clásica El banquete de Platón por Lacan, destacando la relación entre Sócrates y Alcibíades como una posibilidad de contrapunto a la praxis psicoanalítica. En una correlación con esta praxis, Sócrates puede haber sido colocado en el lugar de objeto perdido, objeto agalmático para Alcibíades, quien ocupó un lugar de objeto en la transferencia y el amor depositado por este último. Delante su apoyo y deseo de no ceder ante el discurso seductor de este participante, Sócrates lo relanza a su propio deseo según lo recomendado por un psicoanalista cuando realiza el tratamiento. Finalmente, este ejemplo nos iluminará para reflexionar sobre el rigor ético del psicoanálisis como guía para el deseo del psicoanalista (AU)

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