As reabsorções radiculares são classificadas em interna e externa e um correto diagnóstico é fundamental para o sucesso no tratamento e é de suma importância que a resolução clínica seja feita precocemente para que se tenha um prognóstico clínico favorável. Reabsorção interna não é comum em dentes permanentes, e seu processo se caracteriza por um aumento do canal radicular de forma oval. O presente estudo teve como objetivos demonstrar e descrever através de um relato de prontuário o tratamento de reabsorção radicular interna de incisivos superiores permanentes. Através da seleção de uma paciente pela disciplina de Triagem da clínica odontológica do Centro Universitário da Serra Gaúcha, a qual apresentou alterações radiográficas compatíveis com reabsorção radicular interna inflamatória na região de dois incisivos superiores permanentes, com lesão periapical estabelecida em ambos, concluiu-se o tratamento para então gerar este estudo do tipo retrospectivo observacional. A reabsorção quando não tratada pode avançar e envolver estruturas além do tecido conjuntivo inflamado e a lesão pode avançar em direção apical. Após estabelecido o diagnóstico, iniciou-se os tratamentos endodônticos dos elementos utilizando hidróxido de cálcio como medicação intracanal, após as trocas de medicações as reabsorções foram controladas e então, as obturações dos canais foram realizadas, buscando um preenchimento adequado para o caso. A reabsorção radicular interna inflamatória causa danos irreversíveis, mas seu processo foi controlado através de terapia endodôntica. Este desempenho é considerado uma patologia, e pode comprometer qualquer extensão da raiz, é comum que os casos permaneçam assintomáticos, portanto, deve ser tratado o mais breve possível assim que descobertos para evitar sua progressão, e consequentemente danos maiores(AU)