Prevalência de distúrbios psíquicos menores em fisioterapeutas intensivistas de uma grande cidade do estado da Bahia
Prevalence of minor psychic disorders in intensivist physiotherapists from a large city in the state of Bahia

Rev. Pesqui. Fisioter; 11 (1), 2021
Publication year: 2021

INTRODUÇÃO:

Os estudos sobre Distúrbios Psíquicos Menores (DPM) em fisioterapeutas intensivistas são raros, e muitos desses profissionais ainda desconhecem a relação entre o trabalho e saúde mental.

OBJETIVO:

Estimar a prevalência de Distúrbios Psíquicos Menores (DPM) em Fisioterapeutas intensivistas de uma grande cidade do Estado da Bahia.

MÉTODOS:

Estudo populacional, descritivo abrangendo 60 fisioterapeutas intensivistas que atuavam na cidade em 2016. O critério de inclusão foi trabalhar em UTI há pelo menos seis meses, para evitar o viés de trabalhador saudável.

Os critérios de exclusão foram:

atuar em atividade administrativa, estar em gozo de férias, em licença médica ou licença maternidade. Um questionário autoaplicável avaliou dados sociodemográficos, características do trabalho e DPM por meio do Self Report Questionnaire (SRQ-20).

RESULTADOS:

Dos trabalhadores estudados, 51,7% trabalhavam em UTI adulto, 20,0% em UTI pediátrica e 28,3% em UTI neonatal, 38,4% dos profissionais estudados trabalhavam em duas ou mais unidades. O sexo feminino predominou, com 80,0% dos trabalhadores estudados, a média de idade foi de 32,2 ± 4,9 anos, 45,0% tinham companheiro, 58,3% não tinham filhos. A prevalência de DPM foi de 41,7%.

CONCLUSÃO:

Observou-se elevada prevalência de DPM entre os fisioterapeutas intensivistas estudados. Os resultados apontam a necessidade de novos estudos que investiguem a relação entre trabalho e saúde mental em fisioterapeutas intensivistas.

INTRODUCTION:

Studies on Minor Psychological Disorders (MPD) in intensive care physiotherapists are rare, and many of these professionals are still unaware of the relationship between work and mental health.

OBJECTIVE:

To estimate the prevalence of Minor Psychiatric Disorders (MPD) in intensive care physiotherapists in a large city in the state of Bahia.

METHODS:

Population, a descriptive study covering 60 intensive care physiotherapists who worked in the city in 2016. The inclusion criterion was working in the ICU for at least six months, to avoid the bias of a healthy worker.

The exclusion criteria were:

acting in administrative activity, being on vacation, on sick leave, or maternity leave. A self-administered questionnaire assessed sociodemographic data, job characteristics, and DPM through the Self Report Questionnaire (SRQ-20).

RESULTS:

Of the workers studied, 51.7% worked in an adult ICU, 20.0% in a pediatric ICU, and 28.3% in a neonatal ICU, 38.4% of the professionals studied worked in two or more units. The female gender predominated, with 80.0% of the workers studied, the average age was 32.2 ± 4.9 years, 45.0% had a partner, 58.3% had no children. The prevalence of MPD was 41.7%.

CONCLUSION:

There was a high prevalence of MPD among the intensive care physiotherapists studied. The results point to the need for further studies to investigate the relationship between work and mental health in intensive care physiotherapists.

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