Rev. Pesqui. Fisioter; 11 (1), 2021
Publication year: 2021
INTRODUÇÃO:
A prematuridade no Brasil corresponde a 12,4% dos nascidos vivos e é definida como o nascimento inferior a 37 semanas de gestação. Por conta da imaturidade de órgãos e sistemas, o recém-nascido pode apresentar diversas complicações e consequentemente maior tempo de internação nas unidades hospitalares, levando à uma maior morbidade e mortalidade nesta população. O período de internação dificulta o estabelecimento do vínculo entre os recém-nascidos e os seus pais. Por isso, técnicas como o método canguru que visam fortalecer esse vínculo são cada vez mais estudadas e aplicadas nestas unidades. O objetivo do presente trabalho é avaliar através de uma revisão de literatura se o método canguru influencia no tempo de internação do recém-nascido prematuro em unidades hospitalares. MÉTODO:
Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura com busca de artigos nas bases de dados eletrônicas Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Cochrane, Physiotherapy Evidence
Database (PEDro) e EBSCO host com a utilização do cruzamento de quatro descritores em inglês e português indexados respectivamente no Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS). Foram inclusos estudos publicados no período 2008 a 2020. RESULTADOS:
Foram incluídos 22 artigos com um total de 7.564 pacientes e sete parâmetros relacionados à alta hospitalar. Os resultados evidenciaram melhora nos sinais vitais, quadro álgico, sono, taxas de crescimento, regulação hormonal e facilitação neurocomportamental. CONCLUSÃO:
Os achados indicaram que o método canguru influencia na melhora do quadro clínico do recém-nascido prematuro, contribuindo para uma melhor estabilização do quadro e consequente redução no período de internamento.
INTRODUCTION:
Prematurity in Brazil corresponds to 12.4% of live births and is defined as birth less than 37 weeks of gestation. Due to the immaturity of organs and systems, the newborn can present several complications and, consequently, a longer stay in hospital units, leading to greater morbidity and mortality in this population. The hospitalization period makes it difficult to establish a bond between newborns and their parents. For this reason, techniques such as the kangaroo method that aims to strengthen this bond are increasingly studied and applied in these units. The present study aims to assess, through a literature review, whether the kangaroo method influences the length of hospital stay of premature newborns in hospital units. METHOD:
This is an integrative literature review study with the search for articles in the electronic databases Regional Portal of the Virtual Health Library(VHL), PubMed, Cochrane, Physiotherapy Evidence Database (PEDro), and EBSCO host with the crossing of four descriptors in English and Portuguese indexed respectively in the Medical Subject Headings (MeSH) and Health Sciences Descriptors (DeCS). Studies published from 2008 to 2020 were included. RESULTS:
22 articleswere included with a total of 7.564patients
and seven parameters related to hospital discharge. The results showed an improvement in vital signs, pain, sleep, growth rates, hormonal regulation, and neurobehavioral facilitation. CONCLUSION:
The findings indicated that the kangaroo method influences the improvement of the
clinical condition of the premature newborn, contributing to better stabilization of the condition and consequent reduction in the period of hospitalization.