Rev. Pesqui. Fisioter; 11 (2), 2021
Publication year: 2021
INTRODUÇÃO:
A incontinência urinária é definida como qualquer perda involuntária de urina. É um sério problema de saúde pública e as mulheres são as mais afetadas e apresentam como fatores
de risco o envelhecimento, mais de duas gestações, parto vaginal com episiotomia, entre outros. Embora a IU não seja uma condição de vida ameaçadora, pode levar a situações com repercussões a nível social e pessoal, com influência na qualidade de vida. OBJETIVO:
Descrever a frequência da IUE em um centro especializado na cidade de Salvador, assim como apontar as características clínicas, fatores de risco e comorbidades associadas à IUE feminina. MATERIAIS E MÉTODOS:
Estudo transversal descritivo, a partir da análise de dados de prontuários de mulheres portadoras de incontinência urinária de esforço, incluídos dados sociodemográgicos, fatores de risco, comorbidades associadas, queixas clínicas e dados objetivos de Pad Test e Diário Miccional. RESULTADOS:
Foram incluídas 28 mulheres com idade média de 48,9 anos (±7,7), de raça parda (46,2%), com ensino médio completo (40%), casadas (52%), trabalhadoras do lar (32,2%), IMC médio 26,2 (±4,9). A comorbidade associada mais predominante foi obesidade (28,6%), o fator de risco dominante foi o consumo de café (70%). A queixa clínica mais prevalente foi perda ao
tossir (96,3%). Quando analisado Pad test, notado maior prevalência de perda leve (57,14%), seguido por (39,29%) de perda moderada e perda grave (3,57%). CONCLUSÃO:
Mulheres de meia idade, pardas, menopausadas, obesas, hipertensas, multíparas, que realizaram parto vaginal
com episiotomia, constipadas e que ingerem cafeína são mais propensas a desenvolver a incontinência urinária de esforço. Houve uma maior prevalência de incontinência urinária leve.
INTRODUCTION:
Urinary incontinence is defined as any involuntary loss of urine. It is a serious public health problem, and women are the most affected and present aging as risk factors, more
than two pregnancies, vaginal delivery with episiotomy, among others. Although UI is not a threatening life condition, it can lead to social and personal repercussions, influencing the quality of life. OBJECTIVE:
Describe the frequency of SUI in a specialized center in the city of Salvador, as well as point out the clinical characteristics, risk factors, and comorbidities associated with female SUI. MATERIALS AND METHODS:
Descriptive cross-sectional study, based on data analysis of
medical records of women with stress urinary incontinence, including sociodemographic data, risk factors, associated comorbidities, clinical complaints, and objective data from Pad Test and Diary Diary. RESULTS:
Twenty-eight women with an average age of 48.9 years (± 7.7), brown race (46.2%), complete high school (40%), married (52%), housewives (32.2%), mean BMI 26.2 (± 4.9). The most prevalent associated comorbidity was obesity (28.6%); the dominant risk factor was coffee
consumption (70%). The most prevalent clinical complaint was cough loss (96.3%). When analyzed Pad test noted a higher prevalence of mild loss (57.14%), followed by (39.29%) moderate loss and severe loss (3.57%). CONCLUSION:
Middle-aged, mulatto, menopausal, obese, hypertensive, multiparous women who had a vaginal delivery with episiotomy, constipation, and caffeine intake are more likely to develop stress urinary incontinence. There was a higher prevalence of mild urinary incontinence.