Rev. Pesqui. Fisioter; 11 (3), 2021
Publication year: 2021
INTRODUÇÃO:
O pré-condicionamento isquêmico remoto (PCIR) é uma intervenção cardioprotetora não invasiva que
atenua a lesão celular sofrida por uma isquemia prolongada. Seus
efeitos de proteção sobre o coração, quando aplicado ao esporte,
pode melhorar o desempenho do exercício. OBJETIVO:
Investigar o
efeito do pré-condicionamento isquêmico remoto no consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e potência máxima (Wmáx) em corredores e ciclistas. METODOLOGIA:
Revisão sistemática e metanálise,
com ensaios clínicos randomizados. Baseado no PRISMA e avaliado
pelo repositório de projetos de revisões sistemática PROSPERO;
entretanto, não obteve o registro por se tratar de um desfecho de
performance esportiva. As buscas foram realizadas nas bases de
dados Medline/PubMed, SciELO, Periódicos CAPES. A seleção dos
estudos foi realizada em duas etapas:
leitura do título e resumo,
e leitura completa dos artigos. A extração dos dados foi realizada
pela transcrição das informações. A qualidade metodológica foi
avaliada pela escala risco de viés através da ferramenta Cochrane.
Excluíram-se estudos que investigaram variáveis diferentes dos
desfechos selecionados para esta revisão. RESULTADOS:
Foram incluídos oito ensaios clínicos. Verificou-se que nos itens geração de
sequência aleatória, ocultação de alocação e cegamento de avaliadores de desfecho em quase todos os estudos tiveram alto risco de
viés. Os resultados da metanálise não mostraram diferenças significativas no VO2máx e Wmáx. CONCLUSÃO:
O pré-condicionamento
isquêmico remoto não se mostrou eficaz para aumentar o VO2máx
e a Wmáx em corredores e ciclistas.
INTRODUCTION:
Remote ischemic preconditioning
(PIRC) is a non-invasive cardioprotective intervention that
attenuates cell damage suffered by prolonged ischemia. Its
protective effects on the heart, when applied to sport, can
improve exercise performance. OBJECTIVE:
To investigate the
effect of remote ischemic preconditioning on maximum oxygen
consumption (VO2max) and maximum power (Wmax) in runners
and cyclists. METHODOLOGY:
Systematic review and metaanalysis, with randomized clinical trials. Based on PRISMA and
evaluated by the PROSPERO systematic review project repository;
however, it did not obtain registration because it is an outcome
of sports performance. The searches were carried out in the
Medline / PubMed, SciELO, Capes Periodicals databases. The
selection of studies was carried out in two stages:
reading the
title and summary and reading the articles in full. Data extraction
was performed by transcribing the information. Methodological
quality was assessed by the risk of bias scale using the Cochrane
tool. Studies that investigated variables other than the outcomes
selected for this review were excluded. RESULTS:
Eight clinical trials
were included. In the generation of the item of random sequence,
concealment of allocation and blinding of outcome evaluators
in almost all studies had a high risk of bias. The analysis of the
risk of bias was high risk. The results of the meta-analysis did not
show significant differences in VO2max and Wmax. CONCLUSION:
Remote ischemic preconditioning was not effective in increasing
VO2max and Wmax in runners and cyclists.