Rev. Psicol., Divers. Saúde; 9 (2), 2020
Publication year: 2020
INTRODUÇÃO:
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é a apresentação clínica de deficiência imunológica ocasionada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). A revelação deste diagnóstico é uma comunicação que afeta profundamente a vida das pessoas envolvidas tanto profissionais quanto pacientes. OBJETIVO:
Este estudo tem o objetivo de analisar a revelação do diagnóstico de HIV/Aids, considerando seus impactos psicossociais, afetivos e neurocognitivos. MÉTODOS:
Para compreender o processo comunicacional foram utilizados estudos de saúde coletiva e os impactos psicológicos, foram analisados à luz dos conceitos psicanalíticos de Donald Winnicott. A metodologia é de caráter exploratório e descritivo, com abordagem mista e predomínio
qualitativo. Os instrumentos de coleta dos dados foram:
prontuário do paciente; entrevista semiestruturada, que cotejou etapas do Protocolo SPIKES; o Mini Exame do Estado Mental
e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Foi realizada a análise de conteúdo em dez entrevistas, referenciada em Laurence Bardin. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Os resultados mostraram que a comunicação do diagnóstico apresentou diversos impactos psicossociais nos sujeitos e o acolhimento balizado pelos princípios do protocolo SPIKES demonstrou ser um excelente alicerce para a comunicação diagnóstica, principalmente, quando associado a arranjos ambientais suficientemente bons, tais como apoio familiar e acesso à
informação, promovendo assim, maior adesão ao tratamento.
INTRODUCTION:
Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) is the clinical presentation of immunological deficiency caused by the Human Immunodeficiency Virus (HIV). The disclosure of this diagnosis is a communication that deeply affects the lives of the people involved, both professionals and patients. OBJECTIVE:
This study aims to analyze the disclosure of the HIV / AIDS diagnosis, considering its psychosocial, affective and neurocognitive impacts. METHODS:
To understand the communicational process, collective health studies were used and psychological impacts were analyzed in the light of Donald Winnicott's psychoanalytic concepts. The methodology is exploratory and descriptive, with a mixed approach and a qualitative predominance. The instruments for data collection were:
patient record; semistructured interview, which compared stages of the SPIKES
Protocol; the Mini Mental State Examination and the Hospital Anxiety and Depression Scale. Content analysis was carried out in ten interviews, referenced in Laurence Bardin. RESULTS AND FINAL CONSIDERATIONS:
The results showed that the communication of the diagnosis had several psychosocial impacts on the subjects and the reception based on the principles of the SPIKES protocol proved to be an excellent foundation for diagnostic communication, especially when
associated with sufficiently good environmental arrangements, such as family support and access to information. thus promoting greater adherence to treatment.