Avaliação do processo de dispensação de medicamentos na saúde indígena por meio da simulação de atendimento
Drug dispensing process evaluation in Brazilian indigenous health care using simulation

Clin. biomed. res; 41 (1), 2021
Publication year: 2021

Introdução:

A atuação do farmacêutico no atendimento da população indígena ainda é pouco explorada no Brasil. Em 2016, foi realizado curso de capacitação em parceria com o Ministério da Saúde e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul para profissionais farmacêuticos atuantes na saúde indígena visando atender as necessidades e especificidades desta população específica. Uma das etapas do curso foi a realização da simulação da dispensação de medicamentos como forma de aprimoramento e consolidação dos conhecimentos.

Métodos:

Estudo transversal e retrospectivo que avaliou as gravações das simulações de dispensação de medicamentos a pacientes indígenas através de formulário específico.

Resultados:

A pontuação geral dos participantes variou de 2,4 a 8,3 pontos. Os casos de infecção pediátrica foram os que apresentaram o pior desempenho entre os participantes. A média de tempo para realização da dispensação foi de 8,8 minutos. Em relação ao conhecimento técnico, os participantes apresentaram uma média de 4,4 pontos.

Conclusão:

O baixo desempenho dos participantes nas simulações reflete o despreparo dos farmacêuticos para realizarem a dispensação de medicamentos a pacientes indígenas. As limitações quanto as barreiras linguísticas e culturais foram identificadas de forma marcante na avaliação das simulações. (AU)

Introduction:

The pharmacist’s role in providing care to the indigenous population is still little explored in Brazil. In 2016, a training course sponsored by the Ministry of Health and the Federal University of Rio Grande do Sul was offered for pharmaceutical professionals working in indigenous health care to meet the needs and specificities of this population. One of the course sections was based on drug dispensing simulation as a way of improving and consolidating knowledge.

Methods:

This cross-sectional, retrospective study evaluated recordings of drug dispensing simulations with indigenous patients using a specific form.

Results:

The overall score of the participants ranged from 2.4 to 8.3 points. The cases of pediatric infection had the worst performance among the participants. The mean dispensing time was 8.8 minutes. Regarding technical knowledge, the participants had a mean score of 4.4 points.

Conclusion:

The poor performance of the participants in the simulations reflects pharmacists’ lack of preparation to dispense medications to indigenous patients. Limitations regarding language and cultural barriers were markedly identified in the evaluation of simulations. (AU)

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