Participação dos movimentos sociais na saúde de gays e lésbicas
Participation of social movements in gay and lesbian health

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 26 (6), 2021
Publication year: 2021

Resumo Desde o início do século XX, os movimentos sociais desenvolvem ações isoladas ou alinhadas para promover o direito de gays e lésbicas à saúde. Este artigo explora a participação de movimentos sociais na saúde de gays e lésbicas a partir da perspectiva de enquadramento dos movimentos sociais. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, bem como uma análise de quadros das discussões encontradas nos artigos selecionados, logo constitui um ensaio bibliográfico. Com relação aos resultados, a literatura revela alinhamento entre direitos sociais e ativismo contra a Aids, com ressonâncias na melhoria do acesso à saúde de gays e lésbicas. Conclui-se que, embora a participação dos movimentos sociais na luta pelo direito de gays e lésbicas à saúde tenha começado no início do século passado, não se pode dizer, agora no final da segunda década do século XXI, que os resultados foram inteiramente sólidos. Em síntese, destaca-se que: (1) em algumas sociedades, as reivindicações dos movimentos sociais foram transformadas em agendas políticas, enquanto em outras foram feitas concessões precárias em relação aos direitos de gays e lésbicas; e (2) ainda não existe a aceitação do direito de gays e lésbicas à sexualidade.
Abstract Since the beginning of the 20th century, social movements have developed isolated or aligned actions to promote the right of gays and lesbians to health. This article explores the participation of social movements in gay and lesbian health from the framing perspective on social movements. A literature search was performed and a frame analysis was conducted of the discussions found in the selected articles. This article therefore constitutes a bibliographic essay. With respect to outcomes, the literature reveals alignment between social rights and Aids activism, resonating in improved access to healthcare for gays and lesbians. We conclude that, although the participation of social movements in the struggle for the right of gays and lesbians to health started at the beginning of the last century, it cannot be said, now at the end of the second decade of the 21st century, that the outcomes were entirely solid. In short, we highlight that: (1) in some societies, the claims of social movements have been transformed into political agendas, while in others precarious concessions have been made in relation to gay and lesbian rights; and (2) non-acceptance of the right of gays and lesbians to sexuality still exists.

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