A new formula for managing family doctors' patient list in Portugal
Uma nova fórmula para a gestão das listas de utentes dos médicos de família em Portugal

Ciênc. Saúde Colet. (Impr.); 26 (supl.1), 2021
Publication year: 2021

Abstract In Portugal, family doctors work with a well-defined list of patients to whom they provide healthcare throughout their lives. Several studies showed that larger list sizes are associa- ted with poorer health outcomes and compromise the quality of care. A significant increase in the average list size has been observed in recent years due to the Portuguese unfavorable socioeconomic context and the lack of family doctors. In 2017, the Portuguese Association of General and Fa- mily Medicine (APMGF) developed technical and scientific research that ultimately typified a set of different clinical practice contexts. It considers the geographic and socioeconomic characteristics and a set of population-based indicators, adjusting the list size according to the population's specific needs. Such adjustments ensure health care services with better quality, safety, efficacy, and personalized to their features. In this paper, a brief review is made on this topic, focusing on the work developed by APMGF and its main results.
Resumo Em Portugal, os médicos de família trabalham com uma lista bem definida de utentes, aos quais prestam cuidados de saúde ao longo da vida. Vários estudos mostraram que as dimensões maiores das listas estão associadas a piores resultados de saúde comprometedoras da qualidade do atendimento prestado. Devido ao contexto socioeconómico português desfavorável e à falta de médicos de família, tem-se verificado um aumento significativo da dimensão média das listas de utentes atribuídas aos médicos de família nos últimos anos. A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) desenvolveu, em 2017, uma investigação técnico-científica que acabou por tipificar diferentes contextos do exercício clínico. Este trabalho considerou as características geográficas e socioeconómicas, bem como um conjunto de indicadores demográficos, visando ajustar a dimensão das listas de acordo com as necessidades específicas da população. Com os ajustamentos propostos na gestão da dimensão das listas de utentes, será possível prestar serviços de saúde com mais qualidade, segurança, eficácia e obter ganhos decorrentes da maior personalização na prestação de cuidados. Neste artigo uma breve revisão é feita sobre este tópico, direcionando o enfoque para os resultados do trabalho desenvolvido pela APMGF.

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