Uma clínica para acolher a "Juventude Abandonada" de hoje
Una clínica para acoger la "Juventud Desamparada" de hoy
A clinic to harbor today's "Wayward Youth"

Estilos clín; 24 (3), 2019
Publication year: 2019

Partindo de Juventude Abandonada, de Aichhorn, Privação e Delinquência, de Winnicott, e de escritos de Freud, Lacan, Tizio, Minnicelli, Ponnou e Lacadée, propomos intervenções possíveis a fim de resgatar a subjetividade do adolescente embaraçado com seu ato delitivo. Por meio da palavra, sem ceder às pressões do consumo e da sociedade, mostramos como é possível fazer frente às lógicas segregativas do discurso dominante com sua tendência à judicialização e ao apagamento da dimensão subjetiva do jovem. Evocamos às medidas socioeducativas de exceção e de acolhimento de sujeitos antissociais os princípios da "clínica da urgência subjetiva", mas não sem perguntar: A "situação analítica" requer o desenvolvimento de determinadas estruturas, como a presença de um sintoma e o manejo da transferência, porém como realizar uma intervenção psicanaliticamente orientada sem que muitos jovens as apresentem? Como realizar a "clínica da urgência subjetiva" sem que um sintoma seja formalizado e direcionado a um suposto saber como ocorre na clínica standard? E mais: em tempos de palidez do Ideal do Eu e de declínio da imago paterna, como resgatar o lugar de referente sem que este funcione como tirano, quando massivamente presente, ou propicie o pânico, quando extensivamente ausente?
Partiendo de Juventud Desamparada, de Aichhorn, Deprivación y Delincuencia, de Winnicott, y escritos de Freud, Lacan, Tizio, Minnicelli, Ponnou y Lacadée, proponemos intervenciones posibles a fin de rescatar la subjetividad del adolescente complicada con su acto delictivo. Por medio de la palabra, sin ceder a las presiones del consumo y de la sociedad, mostramos cómo es posible hacer frente a las lógicas segregativas del discurso dominante con su tendencia a la judicialización y al borrado de la dimensión subjetiva del joven. Evocamos a las medidas socioeducativas de excepción y de acogida de sujetos antisociales los principios de la "clínica de la urgencia subjetiva", pero no sin preguntar: La "situación analítica" requiere el desarrollo de determinadas estructuras, como la presencia de un síntoma y el manejo de la transferencia, pero ¿cómo realizar una intervención psicoanalítica orientada sin que muchos jóvenes presenten el síntoma y la transferencia? ¿Cómo realizar la "clínica de la urgencia subjetiva" sin que un síntoma sea formalizado y dirigido a un supuesto saber cómo ocurre en la clínica estándar? Y más: en tiempos de palidez del Ideal del Yo y de declinación de la imago paterna, ¿cómo rescatar el lugar de referente sin que éste funcione como tirano, cuando se encuentra masivamente presente, o propicia el pánico, cuando se encuentra extensivamente ausente?
Starting from the Wayward youth, Aichhorn's, Deprivation and Delinquency, Winnicott's, and writings by Freud, Lacan, Tizio, Minnicelli, Ponnou and Lacadée, we propose possible interventions to rescue the subjectivity of the adolescent complicated by his delict act. Through the word, without giving in to the pressures of consumption and society, we show how it is possible to deal with the segregating logic of the dominant discourse with its tendency to judicialize and erase the subjective dimension of the young. We call socio-educational measures of "exception" and "reception" of antisocial subjects the principles of "subjective urgency and psychoanalytic clinic", but not without asking: The "analytical situation" requires the development of certain structures, such as the presence of a symptom and the handling of the transference, but how to carry out a psychoanalytically oriented intervention without many young people experience both symptom and transference? How to perform the "subjective urgency and psychoanalytic clinic" without nor a symptom being formalized and nor directed to a supposed knowing as it happens in the standard clinic? What is more, in times of blankness of the Ideal of the Ego and the decline of the paternal imago, how to rescue the place of reference without this functioning as a tyrant, when massively present, or provoke panic, when extensively absent?

More related