O programa de alimentação do trabalhador (PAT) foi instituído em 1976 com o objetivo de garantir alimentação adequada aos trabalhadores brasileiros de baixa renda, visando à produtividade, à prevenção de doenças ocupacionais e à qualidade de vida. No entanto, atualmente, a situação nutricional das famílias de baixa renda é diferente da existente à época em que o programa foi criado. O quadro epidemiológico atual apresenta um avanço na prevalência de sobrepeso e obesidade, tendo com fator determinante o desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético. Essa situação é motivo de grande preocupação para as entidades de saúde, pois tem sido responsável por grande número de moléstias incapacitantes, que retiram, temporariamente ou permanentemente trabalhadores do mercado de trabalho. Nesse sentido, dada a relevância social do programa, os autores desse artigo propões: (1) questionar os critérios de ingestão delineados no programa diante das necessidade atuais dos trabalhadores, além do papel das empresas conveniadas como executora de educação nutricional para a clientela; (2) propor a vinculação do programa a outras ações básicas de saúde.