A potência do processo grupal
The power of group process
El poder del proceso grupal

Psicol. rev. (Belo Horizonte); 25 (2), 2019
Publication year: 2019

Partindo de um programa de pesquisa-intervenção psicossocial, este trabalho apresenta questionamentos e considerações sobre grupos comunitários e institucionais, objetos de ações de pesquisa e extensão do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Psicossocial (Lapip) da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). As perspectivas de análises partem de autores que trabalham com a concepção dialética sobre grupos humanos e o processo grupal, como Ignácio Martín-Baró e Sílvia Lane, e com as concepções de grupo operativo, de Enrique Pichón-Rivière, e oficinas de grupo, de Lúcia Afonso. Nos grupos investigados/atendidos, encontramos fenômenos grupais produtores de identidade e ativadores de consciência, além de uma insistência em se manterem como grupos, resistindo ao individualismo e ao isolamento social. Processos de coesão e identidades coletivas são produzidos em associação com mecanismos de solidariedade e afetividade. Presenciamos relações de poder mais igualitárias, implicando menos submissão e mais disposição para o trabalho educativo, com mais possibilidades de produção coletiva de conhecimentos.
Based on a psychosocial intervention research program, this work presents questions and considerations on community and institutional groups while subjects of a research and extension of the Laboratory of Research and Psychosocial Intervention of the Federal University of São João del-Rei (UFSJ). As object of analysis they come from authors who work with the dialectic conception on human groups and the group processing, such as Ignácio Martín-Baró and Sílvia Lane, and the concepts of operating group, by Enrique Pichón-Rivière, and group workshops, by Lúcia Afonso. In the investigated/assisted groups, we find group phenomena which are producers of identity and consciousness activators, beside insisting in being groups, struggling against individualism and social isolation. Cohesion processes and collective identities are produced linked to mechanism of solidarity and affectivity. We have witnessed more egalitarian power relations, involving less submission and more disposition for the educational work, with more possibilities of collective production of knowledge.
A partir de un programa de investigación de intervención psicosocial, el trabajo presenta preguntas y consideraciones sobre grupos comunitarios e institucionales, objeto de investigación y acciones de extensión de Lapip (Laboratorio de Investigación e Intervención Psicosocial) de UFSJ. Las perspectivas de análisis provienen de autores que trabajan con la concepción dialéctica de los grupos humanos y el proceso grupal, como Ignácio Martín-Baró y Sílvia Lane, y con las concepciones de Enrique Pichón- Rivière del grupo operativo, y los talleres grupales de Lúcia Alfonso. En los grupos investigados/asistidos, encontramos fenómenos grupales que producen identidad y activadores de conciencia, así como una insistencia en permanecer como grupos, resistiendo al individualismo y al aislamiento social. Los procesos de cohesión y de identidades colectivas se producen en asociación a mecanismos de solidaridad y afecto. Fuimos testigos de relaciones de poder más igualitarias, lo que implica menos sumisión y más disposición para el trabajo educativo, con más posibilidades de producción de conocimiento colectivo.

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