Desigualdade social e subjetividade revolucionária: os desafios do trabalho da psicologia no CRAS
Social inequality and revolutionary subjectivity: the challenges of psychology work at the CRAS
Desigualdad social y subjetividad revolucionaria: los desafíos del trabajo de la psicología en el CRAS
Psicol. rev. (Belo Horizonte); 25 (2), 2019
Publication year: 2019
Com a implantação do SUAS, a Assistência Social passou por importantes reformulações, as quais têm alterado não somente o padrão de funcionamento da política pública, mas também requerem novas formas de organização e trabalho, novos papéis e competências dos atores sociais nela envolvidos. Com isso, o profissional da Psicologia passa a ser requisitado para contribuir com seus conhecimentos e métodos de trabalho. Inserção que trouxe inquietações e desafios no exercício profissional para os psicólogos e psicólogas no campo da política de Assistência Social. Neste artigo, pretendemos refletir sobre a importância do trabalho da Psicologia no CRAS, tomando a subjetividade revolucionária como seu lócus específico de atuação no enfrentamento da desigualdade social. Para isso, buscamos os pressupostos teóricos da Psicologia sócio-histórica, por meio de conceitos como sofrimento éticopolítico e subjetividade revolucionária, elaborados por Bader Sawaia, que estuda o processo dialético exclusão-inclusão, inspirada nas teorias de Vigotski e Espinosa.
With the implementation of Unified Social Assistance System (SUAS - Portuguese acronym), the Social Assistance went through important reformulations, which have changed the operational standard of the public policy, and have been demanding new forms of organization and work, new roles and competence from participating social actors. On the top of that, Psychology workers have been required to contribute with their knowledge and working methods. An Insertion that brought concerns and challenges in the psychologists professional practice in the field of social assistance policy. In this article, we intend to bring into light the importance of the Psychology work at the SARC, taking the revolutionary subjectivity as its specific locus of action when coping with social inequality. With this in mind, we have turned to the theoretical assumptions of sociohistorical Psychology, through concepts such as ethical-political distress and revolutionary subjectivity, elaborated by Bader Sawaia who studies the dialectical exclusion-inclusion process, inspired by the theories from Vygotsky and Espinosa.
Con la implementación del SUAS, la Asistencia Social ha pasado por importantes reformulaciones que cambiaron no sólo la norma de funcionamiento de las políticas públicas, como también se requieren nuevas formas de organización y trabajo, nuevas funciones y competencias de actores sociales involucrados. Por lo tanto, se pide al profesional de la Psicología que contribuya con sus conocimientos y métodos de trabajo. Inserción que ha traído inquietudes y desafíos en la práctica profesional para el psicólogo en el campo de la política de Asistencia Social. En este artículo, tenemos la intención de reflexionar sobre la importancia del trabajo de la Psicología en el CRAS, tomando la subjetividad revolucionaria como su locus específico de acción para hacer frente a la desigualdad social. Así, buscamos los supuestos teóricos de la Psicología socio-histórica, a través de conceptos como el sufrimiento ético-político y la subjetividad revolucionaria, elaborados por Bader Sawaia, quien estudia el proceso dialéctico de exclusión e inclusión, inspirado en las teorías de Vygotsky y Espinosa.