Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online); 21 (supl.2), 2021
Publication year: 2021
Abstract Introduction:
although pediatric patients have comparatively fewer cases of COVID-19, children with Down Syndrome exhibit comorbidities such as immunodeficiency, diabetes and, in this perspective, are considered a population at risk for severe COVID-19. In addition, the literature also points to an unfavorable perspective on co-infection with Mycobacterium tuberculosis, considered an important comorbidity and a predictor of a worse clinical outcome. Description:
female child, nine years old, with Down Syndrome, congenital heart disease and prematurity, with significant weight loss and intermittent fever for six months. A week ago, she had an intensification of fever, productive cough and mild respiratory distress. RT-PCR for SARS-CoV-2 detectable in nasopharynx swab, chest X-ray with diffuse alveolar infiltrate, chest CT with consolidations, excavation, solid micronodules in a sprouting tree pattern mainly in the right upper and lower lobes. Molecular rapid test for Mycobacterium tuberculosis detectable in gastric lavage. After specific treatment, the patient progressed well and was discharged from the hospital after 72 hours without fever and improvement in her breathing pattern. Discussion:
despite the extensive pulmonary involvement, the patient did not require invasive ventilatory support and presented a satisfactory short-term outcome. Therefore, the relevance of the association of Tuberculosis and COVID-19 and other comorbidities in the pediatric age group still remains uncertain.
Resumo Introdução:
apesar dos pacientes pediátricos apresentarem, comparativamente, menos casos da COVID-19, crianças com Síndrome de Down manifestam comorbidades como imunodeficiência, diabetes e, nessa perspectiva, são apontadas como população de risco para COVID-19 grave. Ademais, a literatura também sinaliza para um cenário desfavorável na coinfecção com Mycobacterium tuberculosis, considerada comorbidade importante e preditora para pior desfecho clínico. Descrição:
criança de nove anos, sexo feminino, com Síndrome de Down, cardiopatia congênita e prematuridade, história de perda ponderal significativa e febre intermitente vespertina há seis meses. Há uma semana, apresentou intensificação da febre, tosse produtiva e desconforto respiratório leve. RT-PCR para SARS-CoV-2 em swab de nasofaringe detectável, radiografia de tórax com infiltrado alveolar difuso, tomografia de tórax com consolidações, focos de escavação, micronódulos sólidos em padrão de árvore em brotamento principalmente em lobos superior e inferior direitos. Teste rápido molecular para Mycobacterium tuberculosis detectável em lavado gástrico. Após início de tratamento específico, a paciente exibiu melhora clínica e de padrão respiratório e recebeu alta hospitalar após 72 horas afebril. Discussão:
apesar do extenso comprometimento pulmonar, a paciente não necessitou de suporte ventilatório invasivo e apresentou um desfecho satisfatório em curto prazo. Portanto, a relevância da associação de tuberculose e COVID-19 e outras comorbidades na faixa etária pediátrica ainda permanecem incertas.