Rev. bras. educ. méd; 45 (supl.1), 2021
Publication year: 2021
Resumo:
Introdução: A pandemia de Covid-19 impôs à educação médica novas modalidades de ensino a distância. Com isso, os programas de mentoria, prática do processo de formação em Medicina, precisaram se adequar à nova situação com a implementação da mentoria virtual destinada aos alunos. Relato de experiência:
O grupo de mentoria reforçou a importância desse processo para a formação profissional, principalmente diante dos anseios e das inseguranças causados pela pandemia. A mudança para os encontros virtuais foi bem recebida pelos mentores e mentorandos. Por fim, o processo de mentoria virtual permitiu a discussão de temas mais leves, conversas com menos timidez sobre assuntos difíceis e reforçando a identidade do grupo. Discussão:
Os programas de mentoria precisam investir em melhores treinamentos para os mentores, como forma de promover a qualidade do processo grupal, sem contar com os benefícios que isso traria ao mentor que passou a atuar de modo remoto com seus mentorandos. A pandemia acirrou as divergências entre gerações e os domínios das ferramentas virtuais por parte dos grupos de mentores e mentorandos. Os mentores e docentes do processo de formação médica precisam atentar para o sofrimento mental e as fragilidades dos alunos, na tentativa de minimizar esses problemas por meio da mentoria, das narrativas e do compartilhamento de experiências que permitem a suspensão do automatismo cotidiano. Conclusão:
Não se observou nenhum tipo de prejuízo acerca da mentoria virtual, e não existe empecilho para que ela continue na modalidade remota, após a pandemia de Covid-19.
Abstract:
Introduction: The Covid-19 pandemic imposed new forms of distance learning on medical education. Thus, mentoring programs, a practice in the medical education process, needed to adapt to the new situation with the implementation of virtual mentoring for students. Experience report:
The mentoring group reinforced the importance of this process for professional training, especially in view of the anxieties and insecurities caused by the pandemic. The move to virtual meetings was well received by mentors and mentees. Finally, the virtual mentoring process allowed lighter topics to be discussed, more open conversations about difficult issues and reinforced the identity of that group. Discussion:
Mentoring programs need to invest in better training for mentors, as a way to promote the quality of the group process, not to mention the benefits that this would bring to the mentor who started to work remotely with their mentors. The pandemic increased the discrepancies between generations and the mastering of virtual tools by mentors and mentees. Mentors and teachers in the medical education process need to pay attention to the mental suffering and weaknesses of students, in an attempt to minimize these problems through mentoring according to the narratives and the sharing of experiences that help break the automatized daily routine. Conclusion:
No damage was observed about virtual mentoring, and there would be no obstacle for it to remain in remote mode after the Covid-19 pandemic.