Rev. bras. epidemiol; 24 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT Objective:
The present study aims to analyze the association of noise annoyance with individual and sociodemographic factors and self-perception of the neighborhood in an urban center. Methods:
Data were collected through a population-based cross-sectional study held in two of the nine health districts in the city of Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil, from 2008 to 2009. The study included 3,934 individuals of both genders, aged 18 years and older. The response variable was the self-perception of noise, investigated by the question: "In your neighborhood, does the noise bother you?" The explanatory variables were grouped into the following domains: sociodemographic, social determinants, self-rated health, and self-reported diseases. Results:
The prevalence of noise annoyance was 47% for women and 39.8% for men. For both genders, noise annoyance was independently associated with bad traffic and the presence of loud music, discussions, and late-night parties. Conclusion:
Gender differences were identified in the association of noise annoyance with sociodemographic characteristics and self-reported morbidity. Traffic and social customs were the main sources of noise in the regions under study.
RESUMO Objetivo:
Analisar a associação entre o incômodo provocado pelo ruído com fatores individuais e sociodemográficos e a autopercepção de vizinhança em um centro urbano. Métodos:
Os dados foram coletados por meio de um estudo transversal de base populacional, desenvolvido em dois dos nove distritos sanitários do município de Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de 2008 a 2009. Participaram do estudo 3.934 indivíduos, de ambos os sexos, com 18 anos ou mais. A variável resposta foi a autopercepção do ruído, investigada pela pergunta: "Pensando na sua vizinhança o ruído/barulho incomoda você?". As variáveis explicativas foram agrupadas nos seguintes domínios:
sociodemográfico, determinantes sociais, autoavaliação de saúde e autorrelato de doenças. Resultados:
Para as mulheres, a prevalência do incômodo ao ruído foi de 47%, e para os homens, foi de 39,8%. Para ambos os sexos, o incômodo ao ruído foi independentemente associado ao trânsito ruim e presença de música alta, discussões e festas até tarde. Conclusões:
Diferenças entre os sexos foram observadas para associação entre o incômodo ao ruído, características sociodemográficas e morbidade autorreferida. O trânsito e os costumes sociais se configuraram como a principal fonte geradora de ruído nas regiões estudadas.