The impact of routine transvaginal ultrasound measurement of the cervical length on the prediction of preterm birth: A retrospective study in a tertiary hospital
O impacto da medição por rotina do comprimento cervical por ecografia transvaginal na predição de parto pré-termo: Um estudo retrospetivo num hospital terciário

Rev. bras. ginecol. obstet; 43 (4), 2021
Publication year: 2021

Abstract Pretermbirth (PTB) is a major obstetric problem associated with high rates of neonatal morbidity and mortality. The prevalence of PTB has not changed in the last decade; thus, the establishment of a screening test and effective treatment are warranted. Transvaginal ultrasoundmeasurement of the cervical length (TUCL) has been proposed as an effective method to screen pregnant women at a higher risk of experiencing PTB. Objective To evaluate the applicability and usefulness of second-trimester TUCL to predict PTB in a cohort of Portuguese pregnant women. Methods Retrospective cross-sectional cohort study including all singleton pregnant women who performed their second-trimester ultrasound (between weeks 18 and 22þ6 days) from January 2013 to October 2017 at Centro Hospitalar Universitário São João. Results Our cohort included 4,481 women. The prevalence of spontaneous PTB was of 4.0%, with 0.7% occurring before the 34th week of gestation. The mean TUCL was of 33.8mm,and percentiles 3, 5 and 10 corresponded toTUCLs of 25.0mm, 27.0mmand 29.0mmrespectively. The multiple logistic regression analysis, including maternal age, previous PTB and cervical surgery showed a significant negative association between TUCL and PTB, with an odds ratio (OR) of 0.92 (95% confidence interval [95%CI]: 0.90-0.95; p<0.001). The use of a TUCL of 20mm is the best cut-off, when compared with the 25-mm cut-off, improving the prediction of risk. Conclusion The present study showed an inverse association between TUCL and PTB, and that the inclusion of other risk factors like maternal age, previous PTB and cervical surgery can improve the screening algorithm. Furthermore, it emphasizes that the TUCL cut-off that defines short cervix can differ according to the population.
Resumo O parto pré-termo (PPT) é uma grande complicação obstétrica que se associa a elevadas taxas de morbimortalidade neonatal. A sua prevalência não tem alterado na última década, sendo esencial determinar uma forma de rastreio e tratamento eficaz. A medição ecográfica transvaginal do comprimento cervical tem sido proposta como um método eficaz de rastreio das grávidas com risco aumentado de PPT. Objetivo Avaliar a aplicabilidade e utilidade da medição ecográfica transvaginal do comprimento cervical na previsão de PPT numa amostra de grávidas portuguesas. Método Estudo de coorte retrospectivo incluindo todas as grávidas com gestação unifetal que realizaram ecografia do 2° trimestre (de 18 a 22semanasþ6 dias) no Centro Hospitalar Universitário de São João entre janeiro de 2013 e outubro de 2017. Resultados A nossa amostra incluiu 4.481 mulheres. A prevalência de PPT espontâneo foi de 4,0%, sendo que 0,7% ocorreu antes das 34 semanas de gestação. A média do comprimento cervical por ecografia transvaginal foi 33,8mm, e os percentis 3, 5 e 10 da amostra corresponderam a comprimentos cervicais de 25,0mm, 27,0mm e 29,0mm, respetivamente. A regressão logística múltipla, que incluiu a idade materna, PPT anterior e antecedentes de conização, demonstrou uma associação estatisticamente significativa entre o comprimento cervical e o risco de PPT, com um risco relativo de 0,92 (intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 0.90-0.95; p<0.001). A utilização de um valor de referência de comprimento cervical de 20mm, quando comparado com o valor de referência de 25 mm, melhora a previsão do risco de PPT. Conclusão Este estudo demostra uma associação entre o comprimento cervical avaliado por ecografia tranasvaginal e o risco de PPT, e salienta que a inclusão de outros fatores de risco, como idade materna, PPT anterior e antecedentes de conização podem melhorar o algoritmo de rastreio. Realça ainda que o valor de comprimento cervical utilizado para definir "colo curto" varia de acordo com a população em estudo.

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