Formação e atitudes relacionadas às tentativas de suicídio entre profissionais de Estratégias de Saúde da Família
Training and attitudes related to suicide attempts among Family Health Strategy professionals
Capacitación y actitudes relacionadas con intentos de suicidio entre los profesionales del programa Estrategia de Salud Familiar

SMAD, Rev. eletrônica saúde mental alcool drog; 16 (4), 2020
Publication year: 2020

OBJETIVO:

investigar, entre profissionais da Estratégia Saúde da Família, associação entre a formação e as atitudes relacionadas ao comportamento suicida.

MÉTODO:

estudo quantitativo desenvolvido com 65 profissionais de equipes de ESF de um município de Minas Gerais. Os dados foram coletados por autoaplicação de questionário sociodemográfico e do Questionário de Atitudes Frente ao Comportamento Suicida (QUACS). Utilizada estatística descritiva, testes de associação e correlação.

RESULTADOS:

a maioria dos participantes declarou-se sem treinamento sobre suicídio (89%) e negou ter lido material específico (54%). Treinamento sobre suicídio esteve associado à maior capacidade profissional autopercebida (p=0,017). Atitudes mais negativas estiveram associadas à menor percepção de capacidade profissional e a atitudes mais condenatórias. Profissionais que leram material específico sobre suicídio tiveram tanto maior capacidade profissional autopercebida (p=0,023) quanto atitudes menos negativas (p=0,042). Atitudes menos condenatórias foram encontradas em pessoas sem religião (p=0,000), que leram sobre o suicídio (p=0,042), e tiveram contato com colegas de profissão que tentaram suicídio (p=0,013).

CONCLUSÃO:

para que o potencial da ESF na detecção de riscos, prevenção e tratamento do suicídio se traduza em ações eficazes, é importante investir em recursos de formação aos profissionais de saúde que compõem tais serviços.

OBJECTIVE:

to investigate, among Family Health Strategy (FHS) professionals, the association between training and attitudes related to suicidal behavior.

METHOD:

a quantitative study developed with 65 FHS team professionals from a city of Minas Gerais. Data were collected by self-application of the sociodemographic questionnaire and the Questionnaire of Attitudes to Suicidal Behavior (Questionário de Atitudes Frente ao Comportamento Suicida, QUACS). Descriptive statistics, association and correlation tests were used.

RESULTS:

most of the participants reported no suicide training (89%) and denied reading specific material (54%). Suicide training was associated with greater self-perceived professional ability (p=0.017). More negative attitudes were associated with a lower perception of professional ability and more condemnatory attitudes. Professionals who read specific material about suicide had both higher self-perceived professional skills and less negative attitudes (p=0.023). Less condemnatory attitudes were found in people without a religion (p=0.000), who read about suicide (p=0.042), and who had contact with profession colleagues who attempted suicide (p=0.013).

CONCLUSION:

in order for the potential of the FHS in risk detection, suicide prevention, and the treatment to be translated into effective actions, it is important to invest in training resources for the health professionals that make up these services.

OBJETIVO:

investigar, entre los profesionales de la Estrategia de Salud Familiar, la asociación entre la capacitación y las actitudes relacionadas con el comportamiento suicida.

MÉTODO:

estudio cuantitativo desarrollado con 65 profesionales del equipo de ESF de una ciudad de Minas Gerais. Los datos fueron recolectados por autoaplicación del cuestionario sociodemográfico y el Cuestionario de Actitudes ante el Comportamiento Suicida (QUACS). Se utilizaron estadísticas descriptivas, pruebas de asociación y correlación.

RESULTADOS:

la mayoría de los participantes informaron no haber recibido capacitación sobre suicidio (89%)y negaron haber leído material específico (53%). El entrenamiento suicida se asoció con una mayor capacidad profesional autopercibida (p=0,017). Más actitudes negativas se asociaron con una menor percepción de la capacidad profesional y más actitudes condenatorias. Los profesionales que leyeron material específico sobre el suicidio presentaron más habilidades profesionales autopercibidas y actitudes menos negativas (p=0,023). Se encontraron actitudes menos condenatorias en personas sin religión (p=0,000), que leyeron sobre el suicidio (p=0,042) y tuvieron contacto con colegas profesionales que intentaron suicidarse (p=0,013).

CONCLUSIÓN:

para que el potencial de la ESF en la detección de riesgos, la prevención y tratamiento del suicidio se traduzca en acciones efectivas, es importante invertir en recursos de capacitación para los profesionales de la salud que integran estos servicios.

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