Introdução:

O local de trabalho tem se mostrado um ambiente propício para desenvolver intervenções baseadas em teorias do comportamento para promover atividade física e diminuir o tempo sentado em prol do aumento das chances de os indivíduos usufruírem dos benefícios de um estilo de vida mais ativo.

Objetivo:

Intervenção na atividade física, tempo sentado e na percepção de saúde conforme o estágio de mudança de comportamento em trabalhadores. Trata-se de uma pesquisa quase experimental, realizada dentro de duas instituições, sendo elas o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e o setor da Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH) da Secretaria do Estado da Saúde (SES-SP), ambas localizadas no município de São Paulo.

Métodos:

Contou com 81 indivíduos (± 37,8 anos), sendo 37 do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e 44 da Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo. Foi realizada avaliação física, intervenções não presenciais e presenciais estimulando o aumento da atividade física e a diminuição do tempo sentado, sendo feita no fim das intervenções uma reavaliação física.

Resultados:

Os homens tiveram valores superiores aos das mulheres no momento pré e pós-intervenção no peso corporal, estatura e preensão manual direita e esquerda. No pós-intervenção, as médias da atividade física doméstica (P = 0,001) foram superiores nas mulheres quando comparadas com os homens, a percepção positiva da saúde aumentou (P < 0,05) e mais estágios comportamentais ativos (P < 0,05). Os resultados da ANOVA (analysis of variance) mista mostraram aumento da atividade física de transporte (P < 0,05) nos homens e diminuição no tempo sentado durante a semana entre as avaliações (P < 0,05) em ambos os sexos.

Conclusão:

Intervenção resultou no aumento da atividade física doméstica nas mulheres e atividade física de transporte nos homens, percepção de saúde positiva, estágios comportamentais mais ativos e diminuição do tempo sentado.