Fisioter. Bras; 20 (3), 2019
Publication year: 2019
Introdução:
A incontinência urinária (IU) é um processo natural do envelhecimento, afetando 25
a 45% das mulheres brasileiras. Portadores de IU podem apresentar alterações no controle
postural, pois a musculatura do assoalho pélvico é responsável pela estabilização das estruturas
da pelve, possuindo íntima relação com o controle postural estático. Objetivo:
Comparar o
controle postural de mulheres idosas com perdas urinárias e continentes, nas condições de olhos
abertos, supressão da visão e teste de dupla tarefa. Métodos:
Estudo observacional de caráter
transversal com 46 idosas, 26 com IU com 68,31 ± 5,79 anos e 20 continentes com 69,3 ± 6,87
anos. Realizou-se anamnese para identificar aspectos de saúde das idosas, onde incluía
autorrelato de perda urinária. Para análise do controle postural utilizou-se uma plataforma de
força para a obtenção dos dados referentes ao centro de pressão (COP). A normalidade dos
dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk e teste t de Student. O nível de significância
adotado foi de 5%. Resultados:
Não foram observadas diferenças significativas em todas as
variáveis do COP na situação de olhos abertos, nem nas variáveis COPap e COPml de olhos
fechados, bem como no COPap, COPml e COPvel na dupla tarefa. As variáveis COPvel e COPelp de
olhos fechados e COPelp na dupla tarefa, apresentaram diferenças estatisticamente significativas
(p < 0,05). Conclusão:
As mulheres idosas com relato de IU apresentaram um pior desempenho
do controle postural estático no que se refere a velocidade média de oscilação e a área de
oscilação, quando comparadas às idosas continentes. (AU)
Introduction:
Urinary incontinence (UI) is a natural process of aging, affecting 25 to 45% of
Brazilian women. UI patients may present changes in postural control, since the pelvic floor
musculature is responsible for the stabilization of the pelvic structures, having an intimate
relationship with the static postural control. Objective:
To compare the postural control of elderly
women with urinary losses and continents, in conditions of open eyes, suppression of vision and
double task test. Methods:
Observational cross-sectional study with 46 elderly women, 26 with
UI, 68.31 ± 5.79 years and 20 continents, with 69.3 ± 6.87 years. Anamnesis was performed to
identify aspects of the elderly women's health, including self-report of urinary loss. For analysis
of the postural control, a force platform was used to obtain the data related to the pressure center
(COP). The normality of the data was verified through the Shapiro-Wilk test and Student's t-test.
The level of significance was 5%. Results:
There were no significant differences in all COP
variables in the open-eyes situation, nor in the COPap and COPml variables with eyes closed, as
well as in COPap, COPml and COPvel in the double task. The COPelp and COPelp variables with
closed eyes and COPelp in the double task presented statistically significant differences (p <0.05).
Conclusion:
Older women with UI reported worse performance of static postural control in relation
to mean oscillation velocity and oscillation area, when compared to the elderly women. (AU)