Notas sobre o masculino no discurso da modernidade a partir de duas obras cinematográficas
Notes on the masculine in the discourse of modernity from two cinematographic works
Rev. psicol. (Fortaleza, Online); 11 (1), 2020
Publication year: 2020
Este artigo visa discorrer sobre a masculinidade a partir de um discurso científico, tendo o ponto de vista biológico como um pano de fundo do
nascimento da ciência e da moral moderna e também compreender como tais pontuações serviram de alicerce para a construção do masculino
que se faz presente hoje. Utilizamos como instrumentos de análise apontamentos dos filmes Maria Antonieta e O Sorriso de Monalisa que
demonstram valores historicamente sedimentados de uma época moderna sendo abalados. Neste sentido, tem-se o corpo como uma marca
definidora de identidade. Conclui-se que repensar o masculino por essa via implica analisar a relação deste com o discurso biológico presente na
construção da masculinidade e que produz efeitos ainda hoje na sociedade do século XXI. A possível quebra de paradigma aconteceu aos
poucos ofertando um novo lugar para o masculino existir, possibilitando que o homem seja capaz de fazer suas próprias escolhas de identidade
This article aims to discuss masculinity from a scientific discourse, taking the biological point of view as the background of the birth of modern
science and morality, and also aims to understand how such scores served as a foundation for the construction of masculine which is present
today. We use as instruments of analysis the notes of the films Marie Antoinette and The Smile of Monalisa, which demonstrate the historically
sedimented values of a modern era being shaken. In this sense, this is a show the body as a defining mark of identity. It is concluded that
rethinking the masculine by this way implies to analyze its relation with the biological discourse present in the construction of the masculinity and
its effects still today in the society of the XXI century. The possible breakdown of the paradigm happened gradually, offering a new place for the
masculine to exist, allowing man to be able to make his own choices of identity.