Efeitos da reeducação postural global na intensidade dos sintomas álgicos e equilíbrio postural em mulheres jovens com cefaleia do tipo tensional
Effects of global posture reeducation on pain and postural balance in young women with tension-type headache

Fisioter. Bras; 20 (6), 2019
Publication year: 2019

Introdução:

Fatores emocionais, nocicepção miofascial pericraniana e ineficácia da regulação central da dor são mecanismos relacionados à cefaleia tensional, destacando os fatores psicossociais e a sobrecarga muscular decorrente de uma postura não adequada.

Objetivo:

Descrever os efeitos da Reeducação Postural Global (RPG) na cefaleia tensional.

Métodos:

Seis mulheres (28,16 ± 7,57 anos), com classificação 2 da International Classification of Headache Disorders 3rd edition (ICHD-3) e pontuação ≥ a 50 no Headache Impact Test (HIT-6) receberam uma sessão semanal de RPG, durante 40 minutos, em 4 semanas. A avaliação estabilométrica e baropodométrica foi realizada com plataforma de pressão e avaliação da dor com a escala visual analógica.

Resultados:

Foi observado redução da dor (6,8 ± 1,3 vs 3 ± 0,6; p = 0,000) e do impacto da cefaleia (58,5 ± 5,2 vs 47,3 ± 6,0; p = 0,002), aumento da oscilação do centro de pressão (COP) médio lateral (0,08 ± 0,33 vs 1,50 ± 0,32 mm2; p= 0,026) e antero-posterior (0,8 ± 0,2 vs 1,3 ± 0,3 mm2; p = 0,014) e maior contato com o solo em retropé em comparação ao antepé (65,33 ± 6,37%; vs 34,66 ± 6,37 p = 0,002), que foi mantido após as atendimentos (63,0 ± 6,38% vs 37,0 ± 6,38%; p = 0,004).

Conclusão:

A RPG promoveu redução do impacto da cefaleia e dor e mostrou-se eficaz como um método de correção postural, visualizado pelo aumento da oscilação do centro de pressão. (AU)

Introduction:

Emotional factors, pericranial myofascial nociception and ineffectiveness of central regulation of pain are mechanisms related to tension type-headache, with emphasis on psychosocial factors and muscle overload due inadequate posture.

Objectives:

To describe the use of Global Postural Reeducation (GPR) in tension type-headache.

Methods:

Six women (28.16 ± 7.57 years), classification 2 in International Classification of Headache Disorders 3rd edition (ICHD-3) and score ≥ 50 in the Headache Impact Test (HIT-6) participated in 4 sessions of GPR, for 40 minutes, once a week. Pain was evaluated by the Visual Analog Scale of Pain (VAS) and stabilometric and baropodometric evaluation were performed with pressure platform.

Results:

Reduction of pain (6.8 ±1,3 vs 3 ± 0.6; p = 0.000) and headache impact (58.5 ± 5.2 vs 47.3 ±6.0; p = 0.002), increase in the oscillation of the center of standardized pressure, both as sagittal (0.8 ± 0.2 vs 1.3 ± 0.3 mm2 ; p = 0.014) and frontal plane (0.08 ± 0.33 vs 1.50 ± 0.32 mm2 ; p = 0.026) were observed, as well as more hindfoot ground contact compared to forefoot (65.33 ± 6.37% vs 34.66 ± 6.37%; p = 0.002), which was maintained after the sessions (63.0 ± 6.38% vs 37.0 ± 6.38%; p = 0.004).

Conclusion:

The GPR technique promoted reduction on impact of headache and pain and showed to be effective as a method of postural correction, visualized by increased pressure center oscillation. (AU)

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