Fisioter. Bras; 20 (6), 2019
Publication year: 2019
Introdução:
Doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte em
mulheres. Alguns recursos, como a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), permitem
predizer os riscos de intercorrências. Esta análise permite verificar de forma não invasiva as
influências do sistema nervoso autônomo sobre o nodo sinusal, estando a predominância da
sinalização simpática, associada a desfechos negativos. O exercício físico é a medida preventiva
com melhor custo benefício para a manutenção da saúde cardiovascular e os estudos mais
recentes vêm demonstrando sua capacidade em modular a atividade autonômica. Objetivo:
Verificar se o exercício físico cíclico é capaz de aumentar a VFC em mulheres, independente da
condição clínica. Métodos:
Trata-se de uma revisão sistemática orientada pelo Preferred
Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) guideline. As buscas
foram realizadas entre julho e agosto de 2019 nas bases de dados:
Medline via Pubmed,
Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Scientific Electronic
Library Online (Scielo), Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Cochrane Central Register
of Controlled Trials (Cochrane Central). Resultados:
Foram identificados 492 artigos, dos quais,
14 estudos participaram da seleção final, totalizando 1.579 mulheres. Condições como:
gestação,
pós-menopausa, diabetes mellitus tipo 2, envelhecimento, cirurgia de by-pass gástrico,
fibromialgia e ovários policísticos foram abordadas. Os dois únicos estudos que se opuseram a
efetividade do exercício físico apresentaram uma sessão semanal, quantidade incapaz de
promover tais benefícios. Conclusão:
O exercício cíclico foi capaz de aumentar a sinalização
parassimpática, com consequente aumento da variabilidade da frequência cardíaca. Estes
achados confirmam que o exercício prescrito corretamente é capaz de alterar positivamente a
modulação autonômica cardíaca, reduzindo as chances de intercorrências. (AU)
Introduction:
Cardiovascular diseases remain the leading cause of death in women. Some
features, such as heart rate variability (HRV), allow to predict future risk events. This analysis
aimed to verify noninvasively the influences of the autonomic nervous system on the sinus node,
by sympathetic and parasympathetic afferents. The predominance of sympathetic activation is
associated with negative outcomes. Exercise is the most cost-effective preventive measure for
maintaining cardiovascular health. More recent studies with male and female population have
demonstrated their ability to modulate autonomic activity. Objective:
To verify whether cyclic
exercise can increase HRV in women, regardless of clinical condition. Methods:
This is a
systematic review guided by the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and MetaAnalyzes (PRISMA) guideline. Searches were performed between July and August 2019 in the
databases:
Medline via Pubmed, Latin American and Caribbean Health Sciences Literature
(LILACS), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Physiotherapy Evidence Database (PEDro)
and Library Central Cochrane. Results:
492 articles were identified, of which 14 studies
participated in the discussion of this study, totaling 1.579 women. Conclusion:
Cyclic exercise
was able to increase parasympathetic signaling, with consequent increase in heart rate variability.
These findings confirm that correctly prescribed exercise can positively alter cardiac autonomic
modulation, reducing the chances of complications. (AU)