Sci. med. (Porto Alegre, Online); 31 (1), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
descrever e comparar as intervenções de fisioterapia respiratória utilizadas para asma durante a hospitalização em três grupos etários pediátricos. Além disso, buscou-se investigar os motivos de escolha dessas intervenções. Métodos:
a amostra foi composta por fisioterapeutas atuantes em hospitais que reportaram atender crianças e adolescentes com asma. Os profissionais responderam a um questionário online sobre dados pessoais, acadêmicos, profissionais e relativo às intervenções de fisioterapia respiratória utilizadas em lactentes, pré-escolares e escolares/adolescentes. As intervenções foram agrupadas em nove classificações:
convencionais, manuais, baseadas em volume, oscilação oral de alta frequência/pressão expiratória positiva (OOAF/PEP), exercícios ventilatórios, ventilação não invasiva, técnica de expiração forçada (TEF), aspiração de vias aéreas superiores (VAS) e outras. Resultados:
foram incluídos 93 fisioterapeutas, com idade entre 31 e 40 anos (47,3%) e do sexo feminino (87,1%). As intervenções mais utilizadas nos lactentes foram a aspiração de VAS (78,5%), a aceleração do fluxo expiratório (AFE) (50,5%) e a terapia expiratória manual passiva (TEMP) (45,2%). Nos pré-escolares, predominou a tosse (75,3%), a aspiração de VAS (52,7%), a AFE (51,6%) e a TEMP/expiração lenta e prolongada (ELPr) (50,5%). Já nos escolares/adolescentes, a tosse (83,9%), os exercícios expiratórios variados (73,1%) e a ELPr (57,0%) sobressaíram-se. Houve menor utilização (p<0,01) de OOAF/PEP, de exercícios ventilatórios e de TEF nos lactentes e, também, de métodos convencionais, manuais, aspiração de VAS e outras terapias (p<0,01) nos escolares/adolescentes. Os profissionais relataram utilizar essas intervenções por serem mais eficazes na prática clínica (78,5%). Conclusão:
as intervenções manuais e as técnicas de expectoração visando à desobstrução brônquica foram as mais frequentemente utilizadas, tendo relação com a faixa etária e a escolha devido à efetividade na prática clínica.
Aims:
to describe and to compare the airway clearance techniques used for asthma during hospitalization in three pediatric age groups. In addition, we sought to investigate the main reasons for choosing the interventions.Methods:
the sample consisted of physiotherapists working in hospitals who reported attending children and adolescents with asthma. The professionals answered an online questionnaire on personal, academic and professional data, as well as regarding the airway clearance techniques used in, preschoolers and schoolchildren/adolescents. The interventions were grouped into nine classifications:
conventional, manual, volume-based, high-frequency oral oscillation/positive expiratory pressure (HFOO/PEP), ventilatory exercises, non-invasive ventilation, forced expiratory technique (FET), upper airway aspiration (UAA) and others. Results:
nine-three physiotherapists were included, aged between 31 and 40 years (47.3%) and female (87.1%). The most frequent interventions in infants were UAA (78.5%), expiratory flow acceleration (EFA) (50.5%) and chest compression (45.2%). In preschoolers, coughing (75.3%), aspiration of upper airways (52.7%), EFA (51.6%) and chest compression/slow and prolonged expiration (SPE) (50.5%) were the most used. In schoolchildren/adolescents, coughing (83.9%), varying expiratory exercises (73.1%) and SPE (57.0%) were the most frequent. There was less use (p<0.01) of OOAF/PEP, ventilatory and FET exercises in infants and also of conventional, manual methods, aspiration of UUA and other therapies (p<0.01) in schoolchildren/adolescents. The professionals reported using these interventions because they are more effective in clinical practice (78.5%). Conclusions:
manual and expectoration techniques aiming at airway clearance were the most frequently used, being related to the age group and chosen due to effectiveness in clinical practice.