Desfechos funcionais após craniectomia descompressiva secundária à acidente vascular encefálico
Functional outcomes after secondary decompressive craniectomy to vascular brain accident

Fisioter. Bras; 21 (1), 2020
Publication year: 2020

Introdução:

A craniectomia descompressiva (CD) é o procedimento cirúrgico capaz de reduzir a mortalidade em pacientes com edema cerebral secundário a um AVE maligno, porém não garante a recuperação funcional.

Objetivo:

Descrever o perfil clínico e funcional de pacientes submetidos a CD durante o tempo de internação hospitalar.

Métodos:

Estudo transversal realizado em uma Unidade de Acidente Vascular Cerebral (U-AVC) no período de setembro de 2018 a março de 2019. Coletaram-se dados sociodemográficos, estudo detalhado dos prontuários e dados referentes à funcionalidade, incapacidade e alcances funcionais por meio de questionários e avaliação física e neurológica.

Resultados:

A amostra foi composta por 21 participantes. A maioria do sexo masculino, idade média de 55±10 anos, casados, baixa escolaridade, exerciam algum tipo de atividade remunerada com renda de um a dois salários mínimos. Os fatores de risco mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, etilismo, sedentarismo e sobrepeso. Durante o período de internação hospitalar, a maioria dos pacientes evoluiu com altos índices de incapacidade e baixos níveis de independência e funcionalidade cognitiva e motora.

Conclusão:

Além de apresentarem combinações de diferentes fatores de risco relacionados ao desenvolvimento de AVE, a maioria dos pacientes avaliados apresentaram altos índices de incapacidade e baixos níveis de independência e funcionalidade, necessitando de assistência máxima ou total para realizar a maioria de suas atividades de vida diária. (AU)

Introduction:

Decompression craniectomy (DC) is a surgical procedure that can reduce mortality in patients with cerebral edema secondary to malignant stroke, but does not guarantee functional recovery.

Objective:

To describe the clinical and functional profile of patients undergoing DC during their hospital stay.

Methods:

It is a cross-sectional study conducted in a Stroke Unit from September 2018 to March 2019. Sociodemographic data, detailed study of medical records, and data on functionality, disability and functional range were collected through questionnaires and physical and neurological evaluation.

Results:

The sample consisted of 21 participants. Most were male, mean age 55 ±10 years, married, with low education, had paid activity with income of one to two minimum wages. The most prevalent risk factors were systemic arterial hypertension, smoking, alcoholism, physical inactivity and overweight. During hospitalization, most patients evolved with high levels of disability and low levels of independence and cognitive and motor functionality.

Conclusion:

In addition to presenting combinations of different risk factors related to the development of stroke, most of the patients evaluated had high levels of disability and low levels of independence and functionality, requiring maximum or total assistance to develop most of their daily living activities. (AU)

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