Rev. Psicol., Divers. Saúde; 10 (1), 2021
Publication year: 2021
INTRODUÇÃO:
O medo de dirigir é uma condição emocional que provoca significativo nível de sofrimento e limitação de possibilidades, estimando-se que ocorra predominantemente em mulheres. OBJETIVO:
Discutir questões de gênero associadas ao medo de dirigir em mulheres. MÉTODO:
Revisão narrativa da literatura, buscando-se integrar aspectos trazidos em publicações referentes a medo de dirigir e questões de gênero. Buscou-se como fontes livros, artigos e dissertações publicados entre 2010 e 2020, excluindo-se estudos que não correspondiam à questão norteadora de pesquisa ou que não fossem disponibilizados na íntegra. As bases de dados utilizadas foram:
PsycINFO, Biblioteca Virtual em Saúde em Psicologia, portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, biblioteca pessoal dos pesquisadores e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. RESULTADOS:
Entre
os aspectos apontados na literatura que parecem contribuir para que o medo de dirigir seja mais comum e intenso em mulheres estão: papéis de gênero construídos socialmente, associação cultural de que o trânsito é um espaço masculino, percepção das mulheres de que seu desempenho como motorista está sendo constantemente avaliado, falta de estímulo por parte da família, ausência de um modelo de motorista feminino. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Questões culturais e sociais parecem estar associadas à manutenção do medo de dirigir em mulheres. Recomenda-se novos estudos com a temática para que se possa analisar diferentes percepções e vivências no trânsito relacionadas às questões de gênero.
INTRODUCTION:
Fear of driving is an emotional condition that causes a significant level of suffering, limiting possibilities, and is estimated to occur predominantly in women. AIM:
to discuss gender aspects that are related to fear of driving in a woman. METHOD:
narrative revision, investigating papers related to fear of driving and gender. The sources were books, articles, and dissertations published between 2010 and 2020, excluding studies that did not correspond to the guiding research question or that were not fully available. The databases used were:
PsycINFO, BVS-PSI, Journal of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel, the personal library of the authors, and the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations. RESULTS:
The aspects indicate on the literature that may contribute to the driving fear being most usual and intense in a woman is: social gender roles, a cultural association that traffic is a male space, woman’s perception about their performance being always evaluated, absence of encouragement from the family and no woman as a driver model. FINAL CONSIDERATIONS:
Cultural and social aspects may be related to the conservation of driving fear in a woman. It is suggested a further study to analyses different perceptions and experiences in traffic related to gender aspects.