Psicodrama e acessibilidade: o olhar do psicodramatista com deficiência visual
Psychodrama and accessibility: the view of a psychodramatist visually-impared

Rev. Psicol., Divers. Saúde; 10 (1), 2021
Publication year: 2021

INTRODUÇÃO:

É possível fazer psicodrama sem enxergar? Essa pergunta originou este aprofundamento de um relato das vivências de uma das autoras, estudante de psicologia, psicodramatista em formação e pessoa cega.

OBJETIVOS:

Apresenta-se, neste estudo, uma investigação teórica de cunho psicodramático, que discute o imagético versus simbólico no psicodrama e a espontaneidade como fator de inclusão, com o objetivo de debater a possibilidade de psicoterapeutas com deficiência visual serem diretores de psicodrama e as conservas culturais em relação à deficiência presentes no meio psicodramático.

MÉTODOS:

A metodologia utilizada foi a pesquisa de narrativa autobiográfica, a qual permite que o ponto de partida para a análise seja a percepção subjetiva do próprio sujeito, e a compreensão do relato foi viabilizada por meio de análise de conteúdo.

RESULTADOS:

Desse modo, a discussão dos dados pretendeu elucidar algumas conservas culturais no campo das psicoterapias, sobretudo psicodramáticas, bem como as possibilidades de desconstruí-las para viabilizar um psicodrama acessível e possível aos diretores com deficiência visual.

CONCLUSÃO:

Conclui-se pela emergência de pesquisas e ações que enfoquem as pessoas com deficiência para além da habilitação e reabilitação, ampliando-se o campo das psicoterapias para uma compreensão destes como sujeitos ativos nos fazeres psicológicos.

INTRODUCTION:

Is it possible to do psychodrama without seeing? This question originated this deepening of an account of the experiences of one of the authors, a psychology student, a psychodramatist in training, and a blind person.

OBJECTIVES:

In this study, a theoretical investigation of a psychodramatic nature is presented, which discusses the imaginary versus symbolic in psychodrama and spontaneity as an inclusion factor, to debate the possibility of psychotherapists with visual impairment being psychodrama directors and cultural preserves concerning the disability present in the psychodramatic environment.

METHODS:

The methodology used was the research of autobiographical narrative, which allows the starting point for the analysis to be the subjective perception of the subject himself, and the comprehension of the report was made possible through content analysis.

RESULTS:

In this way, the discussion of the data intended to elucidate some cultural preserves in the field of psychotherapies, especially psychodramatic ones, as well as the possibilities of deconstructing them to make an accessible and possible psychodrama for directors with visual impairments.

CONCLUSION:

It concludes by the emergence of research and actions that focus on people with disabilities beyond qualification and rehabilitation, expanding the field of psychotherapies to understand them as active subjects in psychological activities.

More related