Fisioter. Bras; 21 (4), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
A dispareunia afeta a função sexual feminina, bem como a qualidade de vida. Deste
modo, o treinamento do assoalho pélvico gera consciência da região vaginal, bem como melhora
da função sexual. Objetivo:
Analisar o efeito do treinamento dos músculos do assoalho pélvico
(TMAP) na qualidade de vida de mulheres com dispareunia. Métodos:
Trata-se de um ensaio
clínico randomizado em mulheres sexualmente ativas com sintomas de dispareunia que foram
aleatoriamente distribuídas em Grupo Intervenção (GI; n = 6) e Grupo Controle (GC; n = 7). A
função sexual foi verificada através do Female Sexual Function Index (FSFI). A interferência da
dispareunia na qualidade de vida foi verificada por uma escala visual analógica (0= nenhuma
interferência; 10= máxima interferência). O GI foi submetido ao TMAP por oito semanas, sendo
dois encontros semanais com e duração de 40 minutos, e o GC não recebeu nenhum treinamento.
Para análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva e inferencial, com nível de significância
de 5%. Resultados:
Observou-se que os domínios desejo, excitação, lubrificação, orgasmo e
satisfação não apresentaram diferença significativa em ambos os grupos. No entanto, houve
diminuição dos valores encontrados no domínio dor (p = 0,043; d = 1,24) no GI. Quanto à
interferência da dispareunia na qualidade de vida, os valores foram significativamente melhores
no GI (p = 0,022; d = 1,95). Conclusão:
Após intervenção fisioterapêutica de treino dos músculos
do assoalho pélvico, há melhora da dor em mulheres. (AU)
Introduction:
Dyspareunia affects female sexual function as well as quality of life. In this mode,
pelvic floor training generates awareness of the vaginal region as well as enhances sexual
function. Aim:
To analyze the effect of pelvic floor muscle training (PFMT) on the quality of life of
women with dyspareunia. Methods:
This was a randomized clinical trial in sexually active women
with symptoms of dyspareunia that were randomly assigned to Intervention Group (GI; n = 6) and
Control Group (CG; n = 7). Sexual function was verified through the Female Sexual Function
Index (FSFI). Dyspareunia interference on quality of life was verified by a visual analog scale (0
= no interference; 10 = maximum interference). The GI was submitted to the PFMT for eight
weeks, two weekly meetings lasting 40 minutes, and the CG received no training. For data
analysis, descriptive and inferential statistics were used, with a significance level of 5%. Results:
The domains desire, arousal, lubrication, orgasm and satisfaction did not present significant
difference in both groups. However, there was a decrease in the values found in the pain domain
(p = 0.043; d = 1.24) in the GI. Regarding the interference of dyspareunia in quality of life, values
were significantly better in GI (p = 0.022; d = 1.95). Conclusion:
After physical therapy intervention
of pelvic floor muscles training there is pain improvement in women. (AU)