Fisioter. Bras; 21 (4), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
O assoalho pélvico tem como objetivo sustentar órgãos internos, principalmente o
útero, a bexiga e o reto, porém qualquer alteração na cavidade pélvica pode resultar em
disfunção dessa região e descida patológica dos órgãos, características dos prolapsos genitais.
A fisioterapia melhora os sintomas relacionados ao prolapso genital, bem como a força muscular
do assoalho. Objetivo:
Identificar os procedimentos fisioterapêuticos mais utilizados e de melhor
eficácia comprovada no tratamento dos prolapsos. Métodos:
Foi realizado um levantamento de
artigos científicos e teses em bancos de dados, nos quais foram encontrados 716 estudos.
Destes, 9 foram selecionados, sendo 3 do tipo ensaio clínico randomizado controlado, 1 quaseexperimental do tipo antes e depois e 5 do tipo revisão, publicados nos últimos 20 anos e
relacionados ao tema proposto. Resultados:
Participaram dos estudos clínicos 430 mulheres no
total, que foram submetidas a intervenções como: cinesioterapia, exercícios hipopressivos e
eletroestimulação transvaginal. Os estudos de revisão mencionam os efeitos do biofeedback e
da cinesioterapia no manejo dos prolapsos. Conclusão:
Das abordagens analisadas a
cinesioterapia e os exercícios hipopressivos são os mais efetivos para o tratamento do prolapso
genital, porém mais estudos são necessários para avaliar o real impacto desses recursos. (AU)
Introduction:
The pelvic floor is intended to support internal organs, especially the uterus, bladder
and rectum. However, any alteration in the pelvic cavity may result in dysfunction of the pelvic
floor and pathological falling of the organs, characteristic of genital prolapses. Physical therapy
improves symptoms related to genital prolapse as well as muscle strength of the floor. Objective:
The aim of this study was to identify the most widely used physiotherapeutic procedures with
proven efficacy in the treatment of prolapses. Methods:
A survey of scientific articles and theses
in databases was carried out, in which 716 studies were found. Of these, 9 were selected, 3 of
which were randomized controlled clinical trials, 1 quasi-experimental and 5 reviews, published
in the last 20 years. Results:
A total of 430 women participated in the clinical studies, who
underwent interventions such as: kinesiotherapy, hipopressive exercises and transvaginal
electrostimulation. The review studies mention the effects of biofeedback and kinesiotherapy in
the management of prolapses. Conclusion:
From the approaches analyzed kinesiotherapy and
hipopressive exercises are the most effective for the treatment of genital prolapse, but more
studies are necessary to evaluate the real impact of these resources. (AU)