Fisioter. Bras; 21 (5), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
Nos últimos anos, nota-se crescente interesse na utilização da realidade virtual não
imersiva (RVNI) em pacientes pós-acidente vascular cerebral. Objetivo:
O objetivo deste estudo
é analisar a eficácia da combinação da realidade virtual não imersiva através do console
Nintendo Wii® e cinesioterapia na independência funcional de indivíduos hemiparéticos pósacidente vascular cerebral. Métodos:
Trata-se de um ensaio clínico randomizado cego. 48
sujeitos foram randomizados, sendo 57,5 % do sexo masculino com idade média de 55,6 anos,
alocados em três grupos de tratamento: grupo Realidade Virtual (GRV), grupo Cinesioterapia
(GCT) e grupo Realidade Virtual e Cinesioterapia (GRVCT). Cada grupo com 16 participantes
realizaram 16 sessões com duração de 50 minutos cada, duas vezes por semana, durante 8
semanas. A avaliação da independência funcional foi realizada pelo Índice de Barthel Modificado
pré e pós-tratamento. Resultados:
Não foram encontradas diferenças significativas entre os
grupos com relação à idade, gênero, tempo de acidente vascular cerebral e hemicorpo afetado;
os grupos foram homogêneos com relação a essas variáveis. Não foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes entre nenhum dos três grupos (intergrupo) antes do tratamento em
comparação com o pós-tratamento nas variáveis do Índice de Barthel Modificado. Na
comparação intragrupo, em alguns domínios do Índice de Barthel Modificado foram observadas
alterações positivas consideráveis, principalmente no grupo que realizou apenas realidade virtual
não imersiva. Conclusão:
A realidade virtual não imersiva como terapia para reabilitação não apresentou diferença no grau de independência funcional dos pacientes analisados, porém a
RVNI em combinação com a cinesioterapia ou isolada, ou apenas a cinesioterapia, podem ser
utilizadas sem prejuízos em pacientes hemiparéticos após AVC. (AU)
Background:
In recent years, there has been a growing interest in the use of non-immersive virtual
reality (NIVR) treatment in post-stroke patients. Objective:
The objective of this study is to analyze
the efficacy of the combination of non-immersive virtual reality through the Nitendo Wii® console
and kinesiotherapy in the functional independence of post-stroke hemiparetic individuals.
Methods:
Blind randomized clinical trial; 48 volunteers randomly grouped, being 57.5% male with
an average age of 55.6 years. These were allocated into 3 treatment groups:
Virtual Reality Group
(VRG), Cinesiotherapy Group (CG) and Virtual Reality and Cinesiotherapy Group (VRCG). Each
group with 16 participants, held 16 sessions of 50 minutes each, twice a week for 8 weeks.
Functional independence was assessed by the Barthel Modified Index (BMI) pre and post
treatment. Results:
No significant differences were found with respect to age, gender, stroke time
and affected hemibody. The groups were homogeneous in relation to these variables. No
statistically significant differences were detected between any of the 3 groups (among groups)
before treatment compared to the post-treatment in BMI variables. In the intra-group comparison,
in some areas of BMI, positive changes were observed, mainly in the groups that used only nonimmersive virtual reality. Conclusion:
Non-immersive virtual reality as a rehabilitation therapy
showed no difference in the level of functional independence of the patients, but this technique in
combination with kinesitherapy or alone, or only kinesitherapy, can be used without damage in
post stroke hemiparetic patients. (AU)