Fisioter. Bras; 21 (6), 2021
Publication year: 2021
Introdução:
Sabe-se a importância da fisioterapia na recuperação e prevenção das disfunções
do assoalho pélvico, e a dança do ventre é reconhecida por atuar nesta musculatura. Objetivo:
Investigar a funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico a partir de eletromiografia em
bailarinas de dança do ventre. Métodos:
Foram avaliadas mulheres de 18 a 35 anos de idade,
praticantes de dança do ventre há pelo menos dois anos, comparadas a mulheres não
praticantes. Foram analisados parâmetros eletromiográficos para as fibras tônicas e fásicas
durante a contração e o repouso. Os valores percentuais foram obtidos a partir do pico de
contração voluntária máxima. Resultados:
Verificou-se significância estatística na ativação
muscular das fibras fásicas durante a contração e em repouso das mulheres que praticam dança
do ventre mais de duas vezes na semana. Conclusão:
Os achados sugerem que a prática regular
da dança do ventre apresenta menor ativação de fibras fásicas tanto durante a contração quanto
no repouso comparado ao grupo de mulheres não praticantes. Torna-se necessária a associação
de programas de treinamento de fibras fásicas a fim de evitar, em longo prazo, prejuízos em
relação à força muscular, à agilidade e às funções geniturinárias. (AU)
Introduction:
It is known the importance of physical therapy in the recovery and prevention of
pelvic floor dysfunctions, and belly dancing is recognized for acting on this musculature. Objective:
To investigate the functionality of the pelvic floor muscles using electromyography in belly dancers.
Methods:
Women aged 18 to 35 years, practicing belly dancing for at least two years, were
evaluated, compared to non-practicing women. Electromyographic parameters were analyzed for
tonic and phasic fibers during contraction and rest. The percentage values were obtained from
the peak of maximum voluntary contraction. Results:
There was statistical significance in the
muscle activation of the phasic fibers during contraction and at rest for women who practice belly
dancing more than twice a week. Conclusion:
The findings suggest that the regular practice of
belly dancing presents less activation of phasic fibers both during contraction and at rest
compared to the group of non-practicing women. The association of phasic fiber training programs
is necessary in order to avoid, in the long term, losses in relation to muscle strength, agility and
genitourinary functions. (AU)