Sexually transmitted infections in indigenous communities of the Alto Rio Solimões
Infecções sexualmente transmissíveis em comunidades indígenas do Alto Rio Solimões

DST j. bras. doenças sex. transm; 33 (), 2021
Publication year: 2021

Introduction:

The prevalence of sexually transmitted infections (STI) among indigenous communities is an appalling issue related to Brazilian public health, as there is an increasing underreporting and neglect related to the study and care of these people.

Objective:

To determine the prevalence of STI in the indigenous population of the Alto Rio Solimões.

Methods:

STI diagnostic records from the database of the Indigenous Health Care Information System - SIASI, of the indigenous communities of the Alto Rio Solimões, belonging to the Nova Itália base, in Amazonas, were evaluated during the period from January 2010 to August 2020. Sociodemographic data were also evaluated to determine the profile of the diagnosed indigenous population and the geographical and temporal distribution of cases.

Results:

The overall prevalence rate of STIs was 3.91% (113 notifications of STI in the population of 2890 indigenous people). The largest number of diagnosed cases was in Nova Itália (60.17%). The ethnic group with the highest number of cases was Tikuna (92.03%). Among the STI studied, gonorrhea / chlamydia had the highest prevalence (68.14%), followed by Hepatitis B (13.27%) and Syphilis (10.61%). Most cases were found among women (71.7%), aged 30–34 years.

Conclusion:

A higher prevalence of STIs was observed in indigenous women, mainly from the Nova Itália town and the Tikuna ethnic group.

Introdução:

A prevalência das infecções sexualmente transmissíveis (IST) entre comunidades indígenas é um tema consternador relacionado à saúde pública brasileira, pois há crescente subnotificação e negligência relacionada ao estudo e ao cuidado desses povos.

Objetivo:

Determinar a prevalência de IST na população indígena do Alto Rio Solimões.

Métodos:

Foram avaliados os registros diagnósticos de IST da base de dados do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI), das comunidades indígenas do Alto Rio Solimões, pertencentes ao polo-base de Nova Itália, no Amazonas, durante o período de janeiro de 2010 a agosto de 2020. Também foram avaliados dados sociodemográficos para determinação do perfil da população indígena diagnosticada e a distribuição geográfica e temporal dos casos.

Resultados:

A taxa de prevalência geral de IST foi de 3,91% (113 notificações de IST na população de 2.890 indígenas). O maior número de casos diagnosticados foi em Nova Itália (60,17%). A etnia com maiores números de casos foi a Tikuna (92,03%). Entre as IST estudadas, gonorreia/clamídia tiveram a maior prevalência (68,14%), seguidas por hepatite B (13,27%) e sífilis (10,61%). A maioria dos casos ocorreu entre mulheres (71,7%) e na faixa de 30–34 anos.

Conclusão:

Observou-se maior prevalência de IST em mulheres indígenas, principalmente do município de Nova Itália e da etnia Tikuna

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