DST j. bras. doenças sex. transm; 33 (), 2021
Publication year: 2021
Introduction:
Congenital infections are related to a higher risk of morbidity and mortality in the neonatal period and can cause serious complications in the
newborn. Among the sexually transmitted infections (IST) present in this group, syphilis and vertical exposure to the human immunodeficiency virus (HIV)
are still a challenge in the 21st century. Objective:
To evaluate the prevalence of congenital syphilis and exposure to HIV among congenital infections.
Methods:
Cross-sectional, analytical study with data collected from medical records of newborns admitted to the Conventional Neonatal Intermediate Care
Unit, Kangaroo and Joint Accommodation, in the database of the service of the Federal Hospital from Bonsucesso, from January 2015 to December 2018.
Results:
During the study, 2,202 newborns were discharged from the hospital and 474 were positive for congenital infection (21.8%). In cases of congenital
infection, congenital syphilis (398–84%) and maternal HIV infection (40–8,4%) were the most frequently encountered clinical situations. The relationship
between prenatal care and the absence of congenital infection was evident. Among the newborns, 117 (5.3%) were premature, 352 (16.3%) were older than
37 weeks and 95 (23.7%) had low birth weight. Conclusion:
Congenital infection was one of the main causes of neonatal morbidity; syphilis and HIV had
the highest prevalence, being associated with reducible deaths when adequate care is provided for women during pregnancy. Perinatology services demand
a great effort in order to manage these avoidable and undesirable situations.
Introdução:
As infecções congênitas estão relacionadas a um risco mais elevado de morbimortalidade no período neonatal e geram sérias complicações no
recém-nascido. Dentre as infecções sexualmente transmitidas (IST) presentes nesse grupo, a sífilis e a exposição vertical ao vírus da imunodeficiência humana
(HIV) ainda são um desafio em pleno século XXI. Objetivo:
Avaliar a prevalência da sífilis congênita e exposição ao HIV entre as infecções congênitas.
Métodos:
Estudo de corte transversal e analítico, com dados coletados nos prontuários de alta dos recém-nascidos que ficaram internados na Unidade de
Cuidado Intermediário Neonatal Convencional, Canguru e Alojamento Conjunto, no banco de dados do Serviço do Hospital Federal de Bonsucesso, de janeiro
de 2015 a dezembro de 2018. Resultados:
No período do estudo, 2.202 recém-nascidos receberam alta hospitalar e 474 apresentaram positividade para
infecção congênita (21,8%). Nos quadros de infecção congênita, a sífilis congênita (398–84,0% dos casos) e a infecção materna pelo HIV (40–8,4%) foram
as situações clínicas mais frequentemente encontradas. Ficou evidente a relação entre a realização do pré-natal e a ausência de infecção congênita. Desses
recém-nascidos, 117 (5,3%) foram prematuros, 352 (16,3%) tinham mais de 37 semanas e 95 (23,7%) tinham peso abaixo de 2.500 g. Conclusão:
A infecção
congênita foi uma das principais causas de morbidade neonatal; a sífilis e o HIV tiveram as maiores prevalências, estando associados às mortes redutíveis
por adequada atenção à mulher na gestação. Os serviços de perinatologia demandam um grande esforço para atender essas situações evitáveis e indesejáveis.